quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bem estar

Parece-me que finalmente "aterrei" naquilo que hoje é a minha realidade. Ter um blog ajuda-me a manter a sanidade mental, a organizar as ideias e perceber as mudanças que vão ocorrendo ao longo do tempo. Neste momento a minha sensação de felicidade é tão grande, tão plena que me esqueci completamente que o mês de Dezembro do ano passado foi um dos piores meses da minha vida. Aqui estava o blog para me lembrar disso, lembrar também que sempre fui uma menina feliz e durante uns anos esses traços desapareceram em mim.
Sempre adorei o Natal e talvez por ser uma época tão especial, quando falta alguém ou algo não está bem as festas acabam por perder o brilho, ficando apenas as sombras que habitam no meu coração.
Depois do periodo de trevas (que levou mais anos do que devia) este Natal, volta a saber mesmo a Natal. Poderia dizer que foi o Amor que ele tem por mim que trouxe tudo isso de volta. Poderia dizer que é daquelas pessoas que consegue fazer de mim uma pessoa melhor, mais paciente, mais calma, mais dócil. Tudo isto é verdade, mas a responsabilidade é sempre nossa para o bem e para o mal. Por muito magoados ou apaixonados que possamos estar não devemos nunca colocar a nossa felicidade nas mãos dos outros.
Este Natal faço as pazes com o meu passado e alinho-me com o meu presente. Não vou culpar o "sapatinho" por ter feito de mim uma mulher mal amada e infeliz, tal como não vou premiar o "fofinho" por desde há uns tempos a esta parte (sim, tb tivemos as nossas pequenas turras), me fazer sentir amada, desejada e essencial todos os dias.
Vou acima de tudo perceber que esta década dos 20 aos 30 anos serviu essencialmente para comprovar a regra que não há nada que o tempo não cure e que as hipoteses de sermos felizes são inesgotáveis.
Vou premiar-me a mim própria por ter tido a coragem de dizer basta a uma situação que me consumia todos os dias (mesmo que tenha levado anos para chegar a esse dia), a mesma coragem que tive para roubar um beijo ao meu amor (nunca se sabe quando somos rejeitados) e hoje puder escrever uma nova história com um novo personagem e a mesma Susana de sempre, aquela que eu há muito tinha esquecido que existia.
E sim, voltei a acreditar em finais felizes, mas acima de tudo em amores verdadeiros e vidas felizes. E quem vive assim e acredita naquilo que está a viver só pode ser feliz, não só por ele, não pelo outro, mas por tudo quanto existe e quanto é.

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