sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Balança

E hoje foi o dia... Passou um mês de dieta e exercicio fisico, e foi um mês com muitas tentações. Houve 1 almoço e 2 jantares de aniversário. Houve um domingo passado no Alentejo com uma mesa cheia de tudo o que é bom e calórico, mais o jantar de Natal da empresa, mais a consoada e o dia de Natal. Uffa que nunca mais acabava a lista de argoladas! Ainda assim... estou de parabéns! Baixei todos os meus niveis e perdi 3.300kg! Por isso nos próximos 20 dias só já falta perder 1.700kg para atingir o objectivo que tracei para mim até mudar de treino.
O pior vai ser dizer ao meu treinador que quero um novo plano de treino para perder 7kg até ao fim de Março! E ele como bom treinador que é vai cumprir o meu pedido. Esperam-me 2 meses de lingua de fora...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Em estado liquido...

Plano para os próximos 3 dias a seguir ao Natal... um estado liquido! Não que me tenha excedido e parece-me que também não engordei, ainda assim vou ficar 3 dias a liquidos e ginásio. Basicamente é sopa, iogurte liquido e batido de proteinas, além de 2 litros de água e muito chá. Já ontém foi assim e hoje também, mas hoje será também com a massagem de drenagem linfática, que me vai custar horrores! Mas lá que vou ficar estrelicadinha, lá isso vou!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

E o inverno chegou ao Blog

Um bocadinho atrasado que já deveria ter trocado a imagem dia 21. Este ano ando a fazer tudo em contra relógio e o blog não tem tido os miminhos habituais.
Então o Natal foi bom e este ano foi um renovar de guarda roupa. As prendas foram essencialmente roupa. 4 camisolas (uma delas estreei ontém quando fui ao Bailado), um fato de treino para continuar motivada com a dieta e o ginásio e uma camisa de noite muito sexy. Também tive direito a um perfume, a uma vela e um dfusor de ambiente. Uma agenda para apontar as minhas experiências gastronomicas e a contrabalançar o melhor creme anti celulitico de sempre. Depois também houve os miminhos da Victoria Secret's que os amigos me troxeram de Nova Yorque e que ainda vou mostrar aqui, só falta mesmo tirar as fotos. Foi um Natal cheio de prendas quentinhas e que faziam falta!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Um dia 25 de Dezembro diferente

Mas desta vez não é por maus motivos. É só porque eu sou uma menina que tem os amigos mais fofinhos e mais amigos do mundo! Hoje vai ser um dia de Natal com um final de tarde diferente, porque os meus amigos G e V me presentearam com bilhetes para o Bailado Quebra Nozes no Tivoli! E é especial por muitos motivos. Em primeiro lugar porque eles também vão, e sem a companhia deles não seria a mesma coisa. Depois porque este ano não fui assistir a nenhum bailado e tenho saudades. E para terminar, nunca vi o Quebra Nozes (ainda por cima dançado pela companhia de bailado da Rússia)... e poder vêr no dia de Natal é a cereja em cima do Bolo.
Adorei o presente com a companhia deles!




segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

E acabaram as correrias Natalicias. As compras, os encontros com os amigos, os jantares, a preparação para a ceia. O andar num vai vem entre casas, desde as dos sogros, a hoje fazer a minha parte de madrinha Natal e depois de sair do trabalho, andar 1h de gatas a correr atrás da minha afilhada!
Finalmente em casa, com tudo feito e a beber o meu moscatel enquanto escrevo este post para vos desejar um feliz Natal.
Hoje é só do sofá para a mesa e da mesa para o sofá! Bendita noite de descanso!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Últimos filmes vistos



Para mim, o melhor 007 que já vi no cinema| !




O tema tem tudo a ver com aquilo em que acredito, muito embora não tenha sido a melhor abordagem ao assunto. Vale pena iniciativa, pelos actores e pela dinâmica da história. De qualquer forma para quem não está muito dentro do assunto, também não fica esclarecido. Eram 2h da madrugada e Sr Fofinho continuava a fazer perguntas sobre o filme e como era possivel as pessoas cruzarem-se em outras vidas. Esta aqui com uma gripe do tamanho do mundo e já quase em estado vegetativo com tanto sono que tinha, ainda tentou responder a algumas questões, mas nem me lembro se fui coerente naquilo que disse...




E este foi uma estreia, porque pela primeira vez consegui ir ao cinema ver um filme, sem antes ter lido o livro. Sim, tenho o livro na estante há uns 6 anos. Foi uma prenda que ganhei por alguém me ter pedido para criar/organizar a sua biblioteca na casa de campo. Passei dois dias enfiada entre caixotes de livros e estantes, e só quem gosta de livros consegue perceber o prazer que essa tarefa me deu. E se havia alguém que tinha biblioteca particular interessante era este Sr. No final da tarefa e depois de apreciado o esforço, disse-me que podia escolher como recompensa um dos seus livros para trazer para casa. Escolhi o Anna Karenina, mas por qualquer motivo ainda não o li. Finalmente vou puder ter a experiência de ter visto primeiro o filme e ler o livro depois. Já está na lista de projectos para 2013.
Ah e a propósito, o filme é magnifico.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

E é a isto que estamos reduzidos

Este ano o jantar de Natal da empresa é num rodizio. Tanto faz que seja exclusivo para nós, que seja considerado melhor do que os outros. Jantar de Natal combina com glamour (para quem o tem), com brilho e com requinte. Não há nada disto numa vaca no espeto. Pelo que enquanto as meninas decidem que vestido vão levar, ou se optam por calças de fazenda com um blazer preto, porque este ano a festa não vai ser tão interessante, já eu tenho a minha fatiota escolhida há muito tempo. Porque estar bem vestido é estar vestido para a ocasião que é, no sitio escolhido. Por isso mesmo, aqui a menina vai de calças de ganga cinzentas, com uns pespontos castanhos, uma camisola de malha castanha com uns pequenos brilhos, uns brincos grandes com citrinos, botins cor de mel e maquilhagem feita em casa. Só não levo o meu mazantino porque não gosto de usar de noite. Pensando bem... talvez o restaurante tenha um touro mecânico e o chapeu me faça falta....

domingo, 16 de dezembro de 2012

Coisas que nos fazem sentir na familia

6F foi a festa de Natal da escola primária onde está a minha nova sobrinha. O tio já não chegou a tempo, mas eu estive lá com a avô e com os pais. Estive no meu melhor (apesar da gripe) com uma camisola de malha com um grande bambi desenhado. A sobrinha descobriu-me logo no meio da multidão e sorriu, já que não podia acenar pois era uma das figuras do presépio, a própria da virgem Maria.
E é isto, descobri que gosto de festas infantis e que se percebe como realmente é importante para eles que nós estejamos lá. Tenciono ir a todas as festas de Natal e outras que possam surgir, da minha nova sobrinha e da minha afilhada quando entrar para a escolinha.



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

* Post agendado

Depois de 3 dias de cama com uma valente gripe, hoje eou de volta ao trabalho. A esta hora já estou a lutar com o ar condicionado...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Afinal não...

Quando os vi em alguns blogs e publicidades, fiquei com a ideia de que eram os relógios mais giros que a swatch tinha feito até hoje. Até comecei a ficar com a febre do consumo! Depois fui a loja experimentar alguns modelos e afinal não são assim tão giros. Acabei de poupar 155 euros desnecessariamente.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

The perfect match

Este post serve para mim, como para muitos dos meus amigos e familiares. Foi nos últimos meses que percebi que tinha encontrado o par perfeito para mim. Sempre soube, de uma estranha forma, que quem estivesse comigo no momento em que a minha mãe partisse seria a tal pessoa certa para mim. E tinha razão. Foi compreenssivo e incansável durante a sua doença. Sempre condescendente com o meu cansaço ou incapacidade de ter energia ou motivação para fazer coisas novas. Sempre atencioso e cuidadoso com a minha mãe e na recta final não me deixou um segundo que fosse.
Isto para dizer o quê? Que esta é a meu ver a "equação" perfeita para um relacionamento feliz.




Conheço pessoas que por motivos diferentes não estão bem nos seus relacionamentos porque este triangulo mágico não funciona. Pessoalmente parece-me bizarro alguém com já alguma experiência de vida achar que tem que estar sempre apaixonado pelo outro e que o sexo tem sempre que ser fantástico. Isso é um mito, além de estar ciêntificamente comprovado que as hormonas produzidas pelo estado de paixão não podem durar mais do que dois anos consecutivos activas, sob pena de causar graves danos cerebrais, também é esquecer um bocadinho aquilo que compõe essa tal conjugação perfeita entre amor, amizade e sexo. Há dias em que precisamos de um amigo. E o nosso companheiro pode até nem ser o nosso melhor amigo no sentido abrangente de entender tudo quanto lhe dizemos ou que possa dar os melhores conselhos, mas tem que ser o amigo que nunca excluimos. Há dias também em que só precisamos de mimo e conforto. De ficar encostado ao outro a ver um filme ou adormecer de forma mais tranquila com o som da sua respiração. Isso também é amor. Não temos sempre vontade de rasgar a camisa da criatura atira-lo para cima da cama e fazer a casa estremecer, porque estamos com muita paixão e se não é assim todos os dias então é porque algo esta errado na relação.
As relações são como a felicidade. Se nos perguntam se somos sempre felizes? Não, não somos. Temos momentos de felicidade mediana, de desinteresse e picos de felicidade que nos fazem sentir no topo do mundo. No amor é igual, mas com mais vantagens ainda. Se me perguntam se estou todos os dias em estado de paixão? Não... graças a Deus que não, senão já estaria exausta. Mas sim, tenho os meus picos em que me apetece arrancar-lhe a roupa e fazer o nosso mundo estremer, tenho dias em que me sinto tão doente e cansada que só o facto de o ver faz com que me sinta logo melhor. Tenho dias em que me apetece conversar e descobrir coisas novas, outras só olhar para ele em silêncio e puder ama-lo assim. Para mim esta é a minha formula da felicidade, ter um amigo, um amor e uma paixão toda concentrada no meu fofinho, uns dias com mais uma pitada disto outros com menos uma pitada daquilo, mas é sem dúvida uma relação completa.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

De mim para mim

Gosto de oferecer prenda de Natal e de Aniversário para mim. Como não sou materialista, no fundo o que eu quero é ter dinheiro para viajar para assistir a todos os concertos e peças de teatro que gosto e ler todos livros que me apetece. Cá coisas para ganhar pô em casa ou para mostrar aos outros que se "tem" algo e por isso se "é" algo pela posse não é comigo.
Então nestas ocasiões especiais gosto de ter esperiências novas, conhecer outros sitios, experimentar restaurantes que ainda não conheço.
No mês de Novembro Sr Fofinho fez aninhos e tiramos o dia só para nós os dois. Sim, ouve prendinhas, mas acima de tudo houve uma massagem de aromaterapia para os dois, seguido de um passeio em Cascais com um almoço na esplanada do restaurante casa velha, que ambos tinhamos muita curiosidade em conhecer. Depois houve o momento radical da tarde quando ele resolveu fazer um passeio até á boca do inferno em segway. É uma geringonça um bocadinho estranha mas depois de lhe apanhar o jeito e ter feito algumas rasias a postes de electricidade e turistas, lá fiz o percurso sem nenhum acidente. Ele gosta das coisas mais radicais e eu das mais relaxantes. Adoro passar o dia do meu aniversário no spa ou se não puder ser o dia todo pelo menos ir fazer uma boa massagem e esta preferência já passou a ser um ritual dos nossos aniversários. Como é uma coisa de que gosto tanto e que cada vez faço menos, já que em tempos de crise cortar nas massagens tem sido um mal menor, este ano resolvi oferecer a mim própria de prenda de Natal um pack de 8 massagens de drenagem linfática. Ajudam imenso a perder peso e sinto-me logo muito melhor quando as faço. Pensei que se me tenho portado tão bem com a dieta e o ginásio e já estou a vêr bons resultados, merecia este miminho que só me faz bem á saúde e ainda estimula a perda de peso.
Assim que descemos da sala de massagem fui logo á recepção comprar as minhas massagens e já marquei a primeira para este mês. Sr Fofinho que também já está habituado á boa vida de ser massajado e desta vez este pack é a solo, resolveu comprar uma massagem de chocolate para casal. Parece-me bem, já que não o podemos comer, pelo menos esfregam-no no nosso corpo!
Os meses de janeiro e fevereiro adivinham-se muito relaxados, pelo menos fisicamente. Foi uma boa prenda de natal, de mim, para mim.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

The Gift - Primavera



Por aqui continua a existir primavera no meu coração...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Eu e as doenças acabadas e ite

E passar o fds a trabalhar com uma otite? Aqui temos a minha estreia, que nunca tinha tido uma dor de ouvidos sequer. Tenho que ir à internet consultar o rol das doenças que acabam em ite e que eu ainda não tive, para preparar a minha farmácia para 2013!


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Não chores porque acabou... sorri porque existiu!

É um bom mote de vida. Nem sempre conseguimos, dizemos que com as dores dos outros pudemos nós bem (bom, eu n digo isso), mas que das nossas só nós sabemos. Na verdade este primeiro mês de ausência da minha mãe tem sido tranquilo. Não porque a minha mente me ande a pregar partidas e faça acreditar que ela vai voltar, mas porque sei que vai existir sempre. Não me sinto mais só, mais infeliz, mais abandonada. Sou aquilo que sou, muito devido aos seus ensinamentos e por isso sou parte dela e ela parte de mim. Nas pequenas coisas do dia a dia sorrio e lembro-me de como era quando ela estava cá e daquilo que diria. Nas grandes coisas também. Sinto que estamos sempre juntas, simplesmente não a vejo, mas ela existe na minha vida.
De resto criei novas rotinas, passei a utilizar o tempo que usava para cuidar da minha mãe, para ir ao ginásio e fazer por mim. Afinal era sempre ela que me dizia que tinha que perder peso e ser cuidadosa com a alimentação. Estou a fazer exactamente aquilo que me pedia e nunca me soube tão bem cumprir como agora!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

6f santa ou de folga que é quase a mesma coisa

E depois de ter tratado das milhentas coisas que havia por fazer na rua hoje de manhã, vou fechar os olhinhos por 1h para me mentalizar que hoje é dia de avaliação no ginásio!
Mas antes disso e mais importante que tudo é dia de ir visitar a pipokita do meu coração - a minha afilhada.
Não teve a madrinha mais presente de mundo depois do seu baptizado, porque foi quando a minha mãe começou a adoecer. Mas aquece-me o coração a imagem da minha mãe com a pipokita ao colo aqui no escritorio uns dias antes do seu baptizado.
E agora é tempo de dar toda a atenção e todo o mimo que ela merece e não teve nestes últimos meses...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Era uma vez uma sopa...

Embora tenha andado afastada da blogosfera estas últimas semanas, tenho estado atenta ás noticias e assuntos mais mediáticos.
O tempo é pouco entre o trabalho, o regresso ao ginásio, as arrumações em casa e tratar da minha afilhada gata enquanto os donos estão de viagem. Uma estafa... ainda assim ontém de manhã ouvi na rádio que os neurologistas chegaram á conclusão de que os portugueses engordam por causa da crise. Há menos dinheiro, comem pior e dormem menos. Ora isso para mim não é de todo verdade e depende da forma como se encara o comer melhor ou pior. Se em vez de comer carne de vaca com molho de natas cogumelos e batatas fritas ou arroz, comer uma lata de atum com salada e um ovo cozido como pior? Não, só não é pior como também engorda menos. Ah porque as pessoas recorrem muito á fast food porque é mais barato. Até pode ser, mas eu estando de dieta e tendo que comer num centro comercial não vou comer fast food. Vou comer uma sopa (e até as há sem batata), ou uma salada e gasto o mesmo que em hamburgueres ou pastas e pizzas. Por isso não me venham falar que por causa da crise as pessoas engordam... que no tempo dos nossos pais serem crianças a base da alimentação era pão e sopa e eles não eram obesos. Tudo serve de desculpa para engordar. Eu também enfio uma caixa de chocolates goela abaixo em menos de 30 minutos se estiver com a neura. E agora que quero emagrecer (e estou a conseguir) como apenas sopa todas as noites. Aqui em casa agora somos dois que jantamos sopa e gastamos 5 euros por semana nos legumes que nos alimentam 7 jantares. Será assim tanto?


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Antipático do parassimpático

O meu sistema parassimpático tem andado completamente destrambelhado. Ora tenho muito sono, ora não consigo dormir. Andei a semana toda a correr para a casa de banho com o transito intestinal acelerado e agora que melhorei, tive uma paragem de digestão na noite passada. Foi vomitar até ás visceras!
Tem sido um regresso ao trabalho algo atribulado. Acho que vou ter que arranjar forma de fazer uma meditação e passar a viver de forma muito lenta nos próximos tempos, a ver se eu e o meu corpo entramos em harmonia.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

De volta...

Ao trabalho, ao blog à rotina. Uma nova rotina.
Voltei cansada e com muito sono... é um esforço grande ir trabalhar tomando medicação para aquilibrar a máquina e ter a ilusão de ganhar algum tempo para me ir habituando ao facto de a minha mãe já cá não estar. Fiz tudo direitinho como ela me pediu e tenho-me comportado como me ensinou. Acho que a melhor maneira de a honrar é seguir o seu legado. Continuar a ser justa, compreensiva e ajudar quem posso tal como ela sempre fez. Confesso que me teria sabido bem ficar em casa a dormir, mas como a minha mãe me mostrou e a vida também, nem sempre aquilo que queremos é o melhor para nós, por isso vá de ir trabalhar!



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

5 de Novembro 2012 - hora 16.17

Foi quando faleceu a minha mãe. Consegui estar com ela por volta das 14:30h quando ainda estava viva. Honestamente gostava que tivesse sido como nos filmes, em que nos conseguimos despedir de alguém com serenidade e aceitação, mas não foi. Porque eu estava nervosa, porque não sabia muito bem a situação que ia encontrar quando abriram a porta do quarto e me disseram que podia estar com ela. A minha preocupação era tentar entender o seu estado. Ia viver mais algumas horas? Mais um dia? Olhei e chamei por ela... não me respondeu. Estava drogada demais para não ter dores e com a máscara de oxigénio a tapar parte do rosto. Subitamente, senti-me suja para a tocar. Pousei o casaco e a mala, fui á mesa de trabalho das enfermeiras, lavei as mão e desinfectei, respondi que estava tudo bem, não precisavam de se preocupar porque não me estava a sentir mal nem ia desmaiar. Voltei para junto da minha mãe e chamei de novo... nada. Mas afinal quando foi a última vez em que reagiu a um estímulo? Alguém me diz que foi por volta da hora de almoço que a chamaram pelo nome e ela olhou. Achei que era preferivel fazer umas festas na cara, porque com o toque iria perceber que eu estava ali. Pestanejou, mas não conseguia abrir os olhos. Nesse momento deveria fazer a minha despedida sentida, mas como o meu cérebro vive em formato de resolução de problemas pensei - e o meu pai? Tenho que o ir buscar já para que se possa despedir dela. Avisei que o ir buscar e saí do quarto. Enquanto esperava pelo elevador e no caminho para o carro mandei msg para a familia que estava em èvora vir logo para o hospital. Não conseguia falar, enviei sms para todos. Cheguei a casa dei a noticia ao meu pai e a uma das melhores amigas da minha mãe e fomos os 3 para o hospital. Quando lá chegamos estava viva, esperamos 10 minutos á porta do quarto para podermos entrar. Houve uma súbita urgência naquele momento as enfermeiras correram para lá chamaram, o médico e nós esperamos cá fora. Quando vltaram foi para dizer que já tinha falecido. Entramos os dois, estava um ambiente muito sereno no quarto. Fechei os olhos à minha mãe, ajeitei o cabelo como ela gostava e então fizemos a nossa despedida apenas ao seu corpo.
A partir daí foi o habitual nestas circuntâncias, muito choro, muita gente a receber a noticia muita confusão.

Notas a reter nesta situação (porque afinal são os vivos que nos surpreendem).

As amigas da minha mãe tiveram um comportamento muito digno, emocional mas ordeiro. Não houve ninguém a vomitar, a ter quebras de tensão a desmaiar e o que mais que seja, como já assisti em outros casos.
A minha familia foi fantástica. Estiveram sempre cá, foram o mais positivos possivel e ajudaram a tratar de tudo para o funeral.
Todos quiseram participar e pagar uma parte das despesas entre familia e amigos.
O meu namorado foi e tem sido inexcedível. Saíu do trabalho a correr para chegar a tempo ao hospital e quando lhe disse que já tinha falecido ficou muito perturbado. Achou que não se tinha despedido devidamente, quando na noite anterior foi ela que o chamou ao quarto e foi o último a estar com a minha mãe. Ficou em silêncio a abanar o leque porque tinha sempre muito calor e acabou por adormecer nesse gesto dele. Acho que não há despedida mais bonita do que deixar alguém a dormir junto da nossa tranquilidade.
Desde a noticia que não me deixou ficar sozinha uma noite que fosse. Vai trabalhar e regressa todas as noites para junto de mim, porque as noites são o mais dificil de passar. O silêncio e a solidão trazem muitos pensamentos e angústias. Ter alguém que nos abrace durante a noite ajuda a suportar tudo.

Aquilo que não me surpreendeu

O meu pai, que continua a exteriorizar muito pouco os seus sentimentos e que se manteve firme como uma rocha em todos os instantes.
A minha amiga a comadre Sofie que quando apareceu no velório e no funeral trouxe com ela uma paz que poucos conseguem. Passados tantos anos de relação continua a ser a pessoa com quem me sinto mais á vontade para ser simplesmente eu.
Houve alguém que durante muitos anos me questionei se estaria presente quando a morte da minha mãe chegasse. Sempre acreditei que a sua resposta a esse facto diria tudo quanto ao seu carácter e quanto áquilo com que poderia contar. Hoje já sei, já tenho a resposta. Teve a informação e não veio. Não me parece que numa situação de dor e de morte quem sofre precise de espaço, mas sim de conforto.
Não me surpreendeu também a paz com que partiu, o sol que fez nessa manhã e a missa mais intima e sentida a que alguma vez assisti. No final da cerimónia funebre, muitos foram os que pediram ao padre o poema com que terminou aquele momento e com o qual se despediu dela entre lágrimas.
Foi tudo radioso, sentido e pacifico, como a minha mãe merecia.

sábado, 3 de novembro de 2012

The unbreakable

Ontém á noite a mãe teve um edema pulmonar. A juntar ao pouco espaço respiratório que já tinha, agora tem também liquido nor pulmões. Esta numa unidade de cuidados intermédios com vigilância 24h por dia e já lhe começaram a aplicar morfina. Eu não sei bem como explicar á familia que a qualquer momento pode voltar a ter uma crise respiratória e não conseguir recuperar dela. Pode viver mais alguns dias, mais algumas semanas, talvez um mês se não houver outro edema tão próximo...
Mas depois chego lá e vejo o meu pai com cara de perú em véspera de natal, não sabe viver sem a minha mãe, nunca soube e agora é tarde para seguir um rumo mais autónomo, terei que ser eu a ajudar. A minha madrinha está sempre á beira de uma crise de nervos em qualquer situação de rotina, numa situação limite como esta já ultrapassou todos os limites do razoável. As amigas a minha mãe tentam disfarçar, mas saem de lá sempre a chorar. Uma parte da familia evita fazer muitas visitas porque não consegue lidar com a perda dela. Telefonam todos os dias, mas encarar a realidade de a vêr a definhar é algo que não sabem fazer. A minha prima que tem sido das melhores ajudas que tenho tido, hoje chegou lá e quando se deparou com a situação teve que ir tomar um xanax e comer porque estava maldisposta. Isto vindo de uma médica com 40 anos de serviço também é bizarro.
E todos estão consumidos por dentro, todos revelam isso no seu exterior menos eu... tirando alguns traços de cansaço.
Alguém hoje me perguntava como é que eu estava e dizia que ia correr tudo bem, porque eu sou uma menina forte.
As coisas não são bem assim e eu não sou inquebravel.
Neste momento reajo desta forma porque todos os outros já estão rachados ao meio. São mais velhos do que eu, já passaram por mais perdas, inclusivê a das suas mães e a sua capacidade de resistir já não é a mesma. Depois porque não quero pessoas depressivas e chorosas junto de um doente que sabe que vai morrer. Não entendo a morte dessa forma, a minha mãe também nunca encarou a morte como algo problematico. Somos pessoas com um nível de espiritualidade elevado e se sempre acreditamos que esta vida é uma passagem e todos vimos cumprir a nossa missão e depois partimos, temos que encarar com naturalidade essa partida. Saudades vamos sentir sempre, falta daquela pessoa também... mas nos seus bons momentos de vitalidade fisica, porque para os maus momentos também estivemos cá.
É egoismo, involuntário talvez, querer prolongar a vida de alguém que amamos, porque não queremos lidar com a sua perda, principalmente quando essa pessoa se limita a sobreviver num estado de dor.

O que nos diferencia uns dos outros, é aquilo que pensamos. Nós somos aquilo em que acreditamos, e eu não sou inquebravel, simplesmente ainda não me estilhacei porque acho que não é o momento. Ainda tenho força e lucidez para escolher a altura em que posso ceder e partir em pedaços, e essa altura não será enquanto a minha mãe estiver viva. Não é essa a imagem com que quero que fique de mim, de alguém frágil que não consegue lidar com as dificuldades que surgem. Não foi isso que ela me ensinou, não é nisso em que acreditamos.
Quebro, quando tiver que quebrar... mas não é agora.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aquilo que me sabe bem no inverno


O meu casaco branquinho de pelo. Ainda não saiu do armário, que não está frio para o usar, mas falta pouco! Ah e este ano tenho que lhe arranjar um chapeu a condizer, assim um modelo russo :-)




Banhos de imerssão prolongados, com sais com espuma com pétalas, com velas, com música, ou chuva lá fora.



Unhas pintadas de vermelho. Gosto muito mais de usar essa cor no inverno do que nas outras estações.



Dormir a sesta de inverno é do mais reconfortante que há.




Tardes doces com chá ou chocolate quente e uns cookies a acompanhar um filme ou um livro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Tesourinha

Tenho tanta vontade de cortar o cabelo novamente!
Até estou com um look muito na moda com as madeixas californianas acidentais. É que decidi voltar à minha cor natural e ficar uns anos sem pintar o cabelo, mas para isso é preciso que desapareçam todas as madeixas e nuances que fiz no passado. Ao mesmo tempo o meu namorado decidiu que não me pode vêr sem ser com o cabelo comprido, ora isto cria problemas, porque eu não gosto de ter as raizes da minha cor e o resto do cabelo mais claro, mas isso é o que acontece quando se deixa crescer o pelo....
Tudo isto se torna complicado de tratar quando se tem uma vida como a minha, sempre a correr para o hospital. As madeixas californianas funcionam bem nas estrelas de hollywood e não em pessoas com vidas normais. Quer dizer em quase todas as estrelas de hollywood, porque também elas têm bad hair days...



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As folgas que não parecem folgas

E hoje dormi até ás 10h, fui ao hipermercado ás compras com o pai, voltamos, almoçamos e esperei pelo tecnico da máquina de lavar loiça. Na verdade já está avariada há mais de um mês, mas entre a doença da mãe papeis de apoio domiciliário e segurança social para tratar, mais idas de emergência para o hospital e noites mal dormidas, andavamos a lavar a loiça à mão. Hoje finalmente com uma folga durante a semana consegui tratar para que o técnico viesse cá a casa arranjar a máquina. E agora vou fazer aquilo que mais gosto numa folga invernosa... dormir a sesta antes de ir ao hospital fazer a visita á mãe.



Americanices à parte


Hoje é dia de Halloween, e amanhã começa o mês que mais receio. O mês de Novembro sempre foi trágico para mim, é a altura em que me sinto pior e em que tenho mais problemas. Acho que todos temos uma estação ou um mês em que nos sentimos mais em baixo, em que parece que tudo de mau nos acontece. Novembro tem umas vibrações muito densas, é o mês em que as almas e aquilo que anda entre o ceú e a terra estão mais próximos de nós. É um mês de morte e de muito pouca luz. Recordando agora todos os problemas que tenho tido por esta altura nos últimos anos, temo que seja este o último mês da minha mãe.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Já não falta mais nada...

Desde que regressei de férias, já fiquei constipada, já tive uma amigdalite, uma otite e agora dor de dentes. Por agora parece que é tudo. Será que já estou livre de doenças até ao final do ano?



Uppss já me esquecia, também caí logo na primeira semana de regresso ao trabalho. Escalavardei uma mão, um cotovelo e uma perna. Fiquei com uma inflamação nos tecidos e durante 3 noites tive que dormir com a perna ligada. Uffa!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Waka waka this is Africa

E estes meninos cabo verdianos são fantásticos. São as crianças mais dóceis e sociaveis que já conheci. Fizemos uma visita a escola primaria e fomos trocando olhares e brincadeiras com muitos meninos nas ruas e no mercado e o resultado foi este...












domingo, 28 de outubro de 2012

Dos miminhos que sabem bem

Em Setembro perdi a minha máquina fotográfica. Foi um desespero, porque já a tinha há 6 anos e foi o meu pai que a ofereceu. Adorava aquela máquina e nem quis acreditar que a tinha perdido. Revirei a casa toda, passei noites sem dormir pensando onde poderia estar e andei umas semanas super enervada. Porque nada está fácil, porque qualquer coisinha naquele momento era demais. Houve um fds em que fiquei a trabalhar e estava tão enervada, tão deprimida que o Sr Fofinho foi de propósito buscar-me para tomar um café nos Queques da Linha a ver se me distraía e passei o tempo todo a chorar por causa da máquina.
Passou um mês, vieram as férias, usamos a máquina dele e correu tudo bem. Já me mentalizei que não vou voltar a ter a minha querida companheira destes 6 anos. Mas o Sr Fofinho que tinha logo disponibilizado a máquina dele para mim, entendeu que eu deveria voltar a ter uma máquina, até melhor do que aquela que o meu pai me tinha oferecido. Sabe que é algo que uso bastante, principalmente por causa do blog... e como namorado querido que é, no fds passado fez uma surpresa e ofereceu uma máquina fotográfica á menina. Simples de funcionar, porque eu tiro imensas fotos mas não percebo muito disso, quem tem o curso é ele. É uma máquina compacta que tem auto ajuste e vai ser a minha nova amiga, graças ao naorado mais fofinho do mundo!

sábado, 27 de outubro de 2012

Sobre aquilo de que não se fala

Hoje deu-me para isto. Deve ser da dor de dentes brutal que tenho... Nova rubrica no blog. Vou falar sobre aqueles assuntos que regra geral evitamos. Aqueles pensamentos que castramos logo à partida, mas que nem por isso deixam de existir. Porque também é para isso que este blog existe.

Ontém a mãe foi novamente para o Hospital. Caiu outra vez e partiu umas costelas interiores. Nem vale a pena contar como se deu a queda, que para quem tem a doente mais teimosa possivel em casa, tudo pode acontecer. Vá de chamar o inem, vá de ir para as urgências acompanhada da madrinha e de uma amiga. Eramos 3 pessoas e o tempo foi passando, entre conversa e troca de pulseiras de acompanhante. Passei mais tempo do que o habitual cá fora, junto à chegada das ambulâncias. A amiga fuma e quando era a minha vez de sair fazia-lhe companhia. Normalmente quando acontece algo a minha mãe, vou para o hospital ou sozinha ou com o pai. Quando a madrinha sai do trabalho vai lá ter. Ás vezes levo o livro que estou a ler na altura para passar os tempos mortos, mas ontém com companhia não ia ler, e foi então comecei a observar quem por lá passa.
Muitas pessoas vão sozinhas para as urgências e assim permanecem.
Mais de 50% tem um acompanhante, que espera horas cá fora, entre cigarros e copos de café.
Mas apoio verdadeiro e sentido de comunidade têm os ciganos.
Aquilo que todos pensam - Ah porque fazem muito barulho, porque são arruaceiros, porque não se sabem comportar, porque não cumprem regras, porque incomodam toda a gente.
Aquilo que eu penso - alguns são assim, outros não, mas a verdade é que estão verdadeiramente lá para quem está doente. São um apoio para os filhos da pessoa que está internada, para o marido ou mulher de quem lá esteja. Saiem para ir comer, obrigam o familiar mais proximo que lá esteja a ir descansar e tomam a sua vez como acompanhante.
Fazem barulho? Sim. Por vezes são desadequados? Também. Mas não se sente ali um pingo de solidão e isso é mais do que aqueles que passam o tempo a olhar para o relógio e a fumar um cigarro a esquina têm.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A média não é famosa

Ontém fiz as contas aos livros que leio durante o ano, com uma colega minha e o resultado não é animador, embora este ano tenha sido melhor. A minha média está entre os 12 e os 15 livros lidos anualmente, sendo algum dos meus livros já ela leu primeiro que eu, contando já com uma média de 20 livros lidos este ano. Verdade que esta minha colega está numa cadeira de rodas e a possibilidade de passear, viajar e ter actividades lúdicas é menor, mas mesmo não sendo a melhor pessoa para comparar o meu nível permanece muito baixo. O ideal seria 2 livros por mês. Tenho esperança que no próximo ano o consiga fazer, já que vou ter tempo para lêr nos transportes durante o percurso para o trabalho e de regresso a casa.
Vi num dos blogs que sigo que a sua autora também foi uma semana de férias para a ilha da Boavista, ficou no mesmo hotel do que eu e conseguiu ler 3 livros numa semana! Eu tive imensa dificuldade em terminar a metade que faltava do livro Abraço e ainda li uma revista. Ir de férias com o Sr Fofinho não facilita as leituras. Quando fazemos viagens pela Europa, o livro só é lido durante as horas de voo. Mas desta vez que fomos para um destino de praia (que na realidade tb teve bastante agitação com os passeios que fizemos por lá), foi dificil mesma ler. É um namorado que precisa de muita atenção, que não quer estar na piscina sozinho, que precisa de alguém que faça brincadeiras com ele, que vá tomar com ele as refeições, que vá ao mar com ele na mesma altura, que jogue e converse. Salvo as duas tardes em que foi jogar futebol para a praia e os periodos em que passavam jogos na sport tv e eu podia ficar no quarto a ler, o livro andava só a passear pelo hotel. Bom, mas antes isto que um namorado chato que não tem vontade de fazer coisa alguma. Só tenho que arranjar uma maneira de o conseguir pôr a ler também!



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Muito "nós" na Boavista







Há vários meses que andamos numa boa fase. Acho que quando a nossa vida se complica realmente e somos colocados à prova em todos os sentidos, também conseguimos testar e perceber que tipo de apoio temos da pessoa que a divide comnosco. Os problemas têm sido tantos que deixamos de ter tempo para discutir por coisas insignificantes e temos sido bons companheiros nas dificuldades. Hoje tivemos um pequeno arrufo, que veio interromper estes 4 meses de tranquilidade amorosa. Porque eu ando cansada, porque tenho pouco paciência, porque os dilemas me consomem, porque tudo é demais neste momento. Ele porque estranha a minha ausência, porque se questiona porque estou distante, porque fica inseguro e desconfiado com pequenas coisas e eu com coisas tão grandes a acontecer irrito-me que ele tenha dúvidas pelo que é óbvio. Não se passa nada de errado na nossa relação, simplesmente um individuo não "é" por si só. É ele e as suas circunstâncias e as minhas agora mudaram e são dificeis. Tenho a mãe com uma esperança de vida inferior a 6 meses e tornou-se uma doente muito dificil de cuidar porque já atingiu a senilidade com esta doença prolongada. Tenho o pai cada vez mais consumido pela situação e com uma total incapacidade para decidir seja o que for. Tenho uma casa para organizar, gente para tratar, contas para pagar e ainda 8 casas com inquilinos completamente disfuncionais que ora pagam, ora saiem, ora não pagam, ora voltam. Os cuidados que a doença da mãe exige, implicam bastante dinheiro, para não a "despejar" num lar como muitos fariam. Além da medicação, são as fraldas, os cremes, as pomadas, os reguardos os colchões especiais para que quem esteja acamado não crie escaras. É pagar cadeira de rodas, é pagar apoio domiciliário para que venham a casa cuidar da sua higiene e bem estar. É ter enfermeiro para tratar de pensos e injecções, é comprar suplementos alimentares e fazer comidas especiais todos os dias na esperança que ingira algum alimento. É passar noites e noites sem dormir ou a caminho das urgências. É perder ordenado porque nem sempre se consegue ir trabalhar todos os dias com este cenário em casa. E é perceber como se tem dinheiro para aguentar isto tudo e ainda assim não ter insónias. É só isto que se passa na minha vida, não é falta de amor, de carinho ou atenção. Acho que a minha realidade é tão óbvia que nem percebo como se pode imaginar que se passem outras coisas que não estas, ou que se façam exigências ou se espere de mim o mesmo que tenho dado até há poucos meses, estando eu na situação limite em que estou. O arrufo passou, porque não tenho tempo para isso. Tinha simplesmente uma boa intenção que não se concretizou. Queria mostrar algum interesse, dar algum mimo e ele atrapalhou tudo. É frustrante que isso aconteça quando o outro se queixa que já não nos dedicamos, e numa rara oportunidade que surge a tentativa correr mal. Ainda assim a minha realidade não muda e por muito que lamente que esta tentativa não tenha corrido bem, tenho que lhe dar a devida importância no contexto actual. Amanhã já passou.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

This is me


Aneis grandes, com pedras semi-preciosas.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

In the City

Caiu como uma bomba a noticia na empresa... o director geral anunciou que até ao final do ano vamos mudar de instalações para o centro de Lisboa. Ora eu que sempre trabalhei no burgo e já estava no desterro de Porto Salvo há mais de 4 anos achei muito boa ideia. Venha uma boa noticia para animar o meu dia! Posso deixar ficar o carro em casa e voltar a ir trabalhar de transportes públicos. Sou das poucas pessoas que deve gostar de andar de transportes. Tenho saudades dos tempos em que lia um bom livro no cacilheiro ou no autocarro, dos dias em que me entretinha a observar quem ia para o mesmo sitio que eu e imaginava como seria a vida daqueles desconhecidos. Além disso é dinheiro que poupo nas portagens e combustivel.
Depois gosto da agitação da cidade, estava farta da pasmaceira daquele centro empresarial. Quando quero sossego vou para o alentejo e quando é para trabalhar então que seja no coração da cidade!
Já o que é bom para uns, é mau para outros. Hoje muitas meninas choravam por terem que ir para Lisboa, e sr fofinho que para já ainda vive a 5 minutos do trabalho também não ficou nada satisfeito. Será que é desta que decide vir viver cmg? :-)


Dos dias cinzentos

Estou a passar uma fase em que ganhei aversão ao trabalho. Não é o facto de ir trabalhar, que bem preciso para pagar as contas, mas ir trabalhar para aquele sitio. Já lá estou há quase 5 anos e enjoei. Sempre tive muita rotatividade em termos de emprego, quando não gostava ia-me embora, afinal é só um trabalho. Mas desta vez não o posso fazer porque o mercado em portugal não está para isso. Estou farta das pessoas, farta da rotina, farta do local, farta das mesma injustiças e incompetência! Pelo menos se me fosse embora via burros novos noutro sitio! Sr Fofinho acha que é uma mais valia trabalharmos juntos no mesmo local, mas eu já não penso assim e cada vez colocam mais dificuldades a quem é casal naquela empresa. Tenho saudades de ter uma vida com horários normais, de ter chefias normais e um trabalho que seja estimulante.
Não me sinto confortavel naquelas horas que lá passo e os dias são cada vez mais cinzentos...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mais olhos que barriga...

Consegui acabar de ler o livro do José Luis Peixoto, que foi muito indicado para o local que escolhi para as férias, mas o livro As mulheres do meu Pai, voltou com uma página lida e é agora o que está na minha mesa de cabeceira.

domingo, 21 de outubro de 2012

O mundo dos acamados

Já faz parte da rotina cá de casa. E o que apetece fazer a quem tem que cuidar de quem está acamado é ir para a cama também! Desde que voltei ainda não tive meia hora de descanso, entre a saída da mãe do hospital, tratar de todos os papeis para o apoio domiciliario, pedir enfermeiro para vir a casa trocar os pensos e organizar uma escala de quem fica com a mãe durante a noite e ir rodando o máximo possivel por forma a mais ninguém adoecer. E depois há doentes mais ou menos complicados que outros, não só pelas suas necessidades mas essencialmente pelo seu feitio. Numa escala de 1 a 10 a minha mãe tem um 4 em necessidade de apoio nocturno. No caso de seu feitio já posso dizer que está em 10 as exigências e disparates pela noite fora. E é também por isso que muitas familias colocam os deus idosos doentes em lares. Porque têm que trabalhar e não podem passar as noites acordados, porque não aguentam o ritmo de cuidar de alguém acamado. Aqui em casa há muita responsabilidade, muita organização e boa vontade, para que isso nunca aconteça, mas que existem dias em que falta a paciência e não nos sobra saúde para fazer mais lá isso existe!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

De volta!

Cabo Verde é maravilhoso. Fiquei com um fraquinho por África, acho que é daqueles sitios em que não existe meio termo, ou se ama, ou se detesta. Sim tem muito calor, sim tem milhares de mosquitos chatos que picam mesmo com repelente, sim o saneamento básico é praticamente inexistente e o cuidado com a água e a alimentação tem que ser redobrado (sr fofinho voltou com uma gastroentrite e ainda hoje está de cama), mas tem aquela terra vermelha, aqueles trilhos e caminhos de cabras fantásticos de percorrer e explorar. Tem uma costa maravilhosa (e que me ia engolindo... sim... quase morri afogada na praia de Santa Mónica), tem um povo simples e genuino e é seguro.
Se voltava lá? Já amanhã! Quem diz para lá, diz para as outras ilhas além da Boavista e até mesmo continente. Fiquei com o bichinho daquela terra vermelha e é certo que volto a África!

sábado, 6 de outubro de 2012

A ousadia...

Pela primeira vez numa viagem de 7 dias vou levar dois livros para ler.
Vou acabar de ler o Abraço do José Luís Peixotoo, que vai a meio e me tem feito companhia nas salas de espera do hospital. Como é um livro de pequenas crónicas foi o ideal para o último mês, mas tem sido lido devagar. Em primeiro lugar porque é um livro para ser lido pausadamente, e depois porque aquele habitual periodo de leitura antes de adormecer não tem existido. Assim o plano é ler a metade que falta no aeroporto e durante a viagem de avião.

E depois este...


que já estava na calha há algum tempo, mas não há nada como ler um livro Africano em África.

Vamos ver se dia 14 volto com os dois livros lidos!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Então é isto...

Faltam 3 dias para viajar até Cabo Verde. A minha mãe está internada na Ortopedia sem data confirmada para a cirurgia ao fémur. A mãe do Sr Fofinho vai ser internada dia 10 porque finalmente lhe marcaram a cirurgia para colocar uma protese na anca e pela qual espera já há 1 ano. Quanto a mim (atirem pedras á cruz se quiserem), acho que dentro de todas as atrapalhações que nos têm acontecido, esta nem é a pior de todas. É que eu não sou médica, pelo que não faço cá falta em nenhuma das cirurgias. A zona da anca pede uma recuperação cuidada e demorada, pelo que o pior está para vir. Aliás tenho a certeza que quando ambas voltarem para casa vão precisar muito de nós e conseguiremos ajudar mais depois de descansarmos 1 semana. Sei que é estranho não estar e Portugal no dia em que são operadas, sei que vamos ficar preocupados, mas também tenho o pragmatismo de pensar que é melhor descansar agora, porque aquilo que aí vem não vai ser nada fácil.