sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lá em Liliput somos todos assim...

Em Liliput as mulheres são muito dadas ao namoro e a tudo o que lhe corresponde. São os momentos de intimidade, são os programinhas a dois, é o fazer amor e passar as noites juntinhos, são as surpresas românticas... Contudo com os terraqueos não é bem assim. Ontém houve noite a dois, mas também houve uma conversa iniciada pelo sr fofinho e da qual não participei muito. No fundo ouvi um raspanete porque devo ser mais descontraida, menos exigente, ter mais calma, não amuar, não fazer birras. Quanto muito quando as coisas não correm de acordo com aquilo que me parece desejavel conversar ao de leve sobre o assunto, mas não encontrar nenhum drama no facto do meu namorado não demonstrar a sua necessidade de "namorar" comigo, de não me dizer que sente saudades minhas ou que gosta de mim. Porque não quer dizer que essas coisas não aconteçam, só que eu tenho que adivinhar que é isso que se passa na sua cabeça.
Ainda argumentei pouco e mal, que sou mais emocional e ele mais racional. Que conforme é normal que não demonstre tanto o que sente eu seja o oposto, mas pouco mais que isso. Limitei-me a dizer que seria mais comedida e a conversa ficou por ali. Nenhum dos dois é dado a discussões e ainda bem! Bom já a achar que me tinha excedido muito quando nos enroscamos ainda lhe disse um gosto muito de ti, para o qual obtive um silêncio absuluto e um rosto sem expressão...
É verdade que me soube muito bem dormir aconchegada. Lá em Liliput detestamos dormir sozinhas, mas acordei com uma estranha sensação de vazio. Não me apetecia conversar e não pude deixar de sentir que realmente ele se desdobrou para conseguir estar aquela noite cmg, porque percebeu que estava sentida com a ausência e que de facto era importante para mim, mas não conseguiu fazer com que eu sentisse que também era importante para ele. Fiquei com a sensação desconfortavel que com apenas 6 meses de relação, não era assim tão essencial mais uma noite juntos, ficou o sabor amargo do sacrificio. E passei um dia estranhissimo, entre a dualidade de ele se ter esforçado para lá estar (mesmo tendo dado um raspanete á menina) e o facto de não o sentir empolgado com isso. Adoro-o é um facto, mas tenho dias em que olho para ele e não o sinto meu namorado. Encontro uma falta de entusiasmo pela relação que me corta o coração.
De qualquer forma lá em Liliput, também temos por hábito fazer o mais possivel as vontades aos outros. Se o Fofinho acha que se eu for mais descontraida e menos exigente com ele a relação só tem a ganhar é o que farei. Vou passar a ser uma namorada versão ligth! Acho que é isso que ele pretende, contudo não sei se percebe o que isso implica...
Lembra-me a frase - Cuidado com o que desejas, porque pode realmente tornar-se realidade. Ora eu não sou dona da verdade e se ele prefere que seja mais desprendida e mais de acordo com o comportamento que adopta comigo, a bem da relação é isso que vou fazer. Talvez ele esteja certo. Não tenho que estar sempre a enviar msg, a fazer convites, a demonstrar desejo, saudades ou constantemente a mostrar que gosto dele a torna-lo seguro do meu amor.
A minha dedicação e vontade que esta relação funcione será domonstrada em adaptar o meu comportamento áquilo que ele considera mais desejavel, com tudo o que isso implica obviamente. Parece-me que vamos ficar os dois mais felizes.


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