segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Penso rapido


Este dia decorreu normalmente. Algumas pessoas perguntaram como ia passar a noite de São Valentim. Verdade que poderia ter uma noite ao jeito romantico com pelo menos 2 pessoas interessantes e disponiveis, mas não me apeteceu. Sai do trabalho e fui á manicure pintar as unhas de vermelho escuro e vim para casa escrever no blog e jantar com os pais. Se existisse sapatinho os planos para o fds que passou já estavam feitos há muito tempo, só que teria que reservar e pagar em Dezembro e tendo em conta o sapato, não me pareceu boa ideia. Pois se existisse um namoro com o sapatinho, este fds tinha ido ter com ele a seguir ao almoço e levava-o a uma aula de volteio no hotel da penha longa, porque sei que nunca andou a cavalo e seria uma experiência única que eu lhe poderia proporcionar (melhor guardar experiencias que coisas materiais). Depois deixava que me levasse aos sitios e monumentos que não conheço e por volta das 17h iamos para o convento de São Saturnino passar a noite. Teria reservado a suite vermelha. Dormiamos a sesta como ambos gostamos de fazer para quebrar a rotina, era namoro antes de jantar. Depois seguia-se um jantar à luz das velas também no hotel e a seguir iamos dar um passeio por Sintra à noite e ele ia contar-me histórias fantásticas que mais ninguém conhece... Depois disso noite de nupcias daquelas ao nosso jeito. Acordar com ele a imitar um personagem qualquer e a deixar-me morta de riso com as vozes que faz e as histórias que inventa logo ao acordar, seguido de um bom pequeno almoço com vista para a serra. Este seria o meu fds de São Valentim com o sapatinho. Mas já estáva á espera que o piriquito morresse ou algum familiar caisse das escadas e eu ia apanhar mais um balde de água fria, mais uma desilusão. Neste momento desilusões são um luxo e um risco que não posso correr, também por isso tudo acabou. Preferi colocar um penso rápido no coração em Dezembro, para hoje puder estar aqui calmamente sentada a escrever sobre o assunto. Se não o tivesse feito, hoje se calhar já não restava nada desse coração que anda com um penso gasto.

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