domingo, 30 de janeiro de 2011
Saturday night fever
Não foi febre, mas foi quase mais um dos meus ataques de pânico. Então cineminha combinado para a última sessão no Alegro (centro comercial ao qual nunca fui), com filme a ser escolhido pelos dois. Tudo óptimo, combinamos ás 22h para ter tempo de conversar e tomar café e aqui a menina disse - ah eu sei ir lá ter, subo em direcção do Ikea e depois viro á esquerda para ir ter ao Alegro até tem uma ponte para o lado do centro. Mas como era uma novidade, e eu que sou filha de militar e estou habituada a ser pontual, resolvi sair mais cedo, não fosse acontecer alguma coisa. E aconteceu.
Estou na rotunda do Ikea e vejo uma placa á direita para ir para o dito, em frente uma que dizia Alfragide, Bruraca, Carnaxide etc e a da esquerda Sintra e Amadora. Nada de ponte ou placa para o Alegro. Dei duas voltas á rotunda e pensei, bom o Alegro pertence a Alfragide pelo que não faz sentido nenhum seguir pelas outras... e assim começou a aventura! Andei 20 minutos perdida entre as ruas da Buraca, a zona industrial de Alfragide e apanhei uma estrada escura e sinistra que já me mostrava a placa para Carnaxide, estava óbviamente perdida. Não me importo de andar perdida, mas acompanhada, não áquelas horas da noite sozinha no carro sem fazer a menor ideia onde estava. 21.50h, parei o carro e liguei para o C quase a choramingar que estava perdida e que não sabia chegar lá. Expliquei onde estava e ele disse-me simplesmente para voltar para trás nessa estrada e esperar por ele nas bombas da Galp que me ia lá buscar. Assim foi. Ainda pensei, tomo o comprimido sos, mas depois disse para mim, vais ser racional e ter calma, respira com a barriga como te ensinaram quando se faz meditação, o problema já está identificado e ele disse que em 10 minutos estaria aqui. Respirei, retoquei a maquilhagem e em menos de nada ele chegou para me salvar :-) Lá fui atrás dele, confesso que continuo a não saber ir para lá sozinha mas isso agora não importa nada! 22.10h e estavamos os dois no Alegro a caminho do cinema, fomos beber uma café e relaxei um bocadinho, toda eu tremia por dentro mas acho que o C não percebeu, e consegui controlar o meu pânico sozinha só com o meu raciocinio. O filme foi óptimo e o C não sei que bicho lhe picou mas quis ir vêr montras comigo e entrar em lojas para vêr coisas para ele. Hilariante, ao fim de 4 anos o meu amigo entendeu que eu sou a melhor companhia para as compras sei dizer-lhe tudo quanto lhe fica bem, as cores que deve usar no verão e no inverno tendo em conta o tom de pele dele e a cor do cabelo, quais são os cortes que lhe ficam melhor e os pontos fortes que o favorecem de acordo com a imagem que quer passar. Ficou apalermado como é que eu sabia tudo aquilo e não era nada chata nas compras. Podia ter perguntado logo no primeiro mês em que me conheceu que eu lhe tinha dito aquilo que sei fazer e as minhas capacidades. Acho que ficamos com um acordo tácito, ele ensina-me história e eu ensino-lhe o resto. Saimos os dois a ganhar :-)
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