sábado, 6 de julho de 2013

Passeio do mês de Junho - Palácio da Ajuda e exposição de Joana Vasconcelos

Para quem como eu ainda não tinha visitado o Palácio da Ajuda esta é uma grande oportunidade de o fazer com um bonos dois em um. Paga 10 euros e vê o palácio e a exposição tudo de uma só vez. Recomendo.




Na verdade estava desejosa por visitar o Palácio da Ajuda. Com tantos romances históricos que tenho lido ultimamente o Palácio da Ajuda, tornou-se num monumento incontornavel. Adorei a Sala Rosa. Acho que se fosse rainha nesta altura também teria uma sala assim, inspirada nas decorações de Mme de Pompadour, que foi uma grande impulsionadora da porcelana francesa na segunda metade do séc XVIII. Esta sala está cheia de pequenas raridades da porcelana de Meissen, desde os canapés , ás pequenas figuras decorativas.



O quarto da rainha, num azul que contrasta com a ante-câmara em cor de rosa. Achei curiosa a escolha de um gafanhoto da Joana Vasconcelos colocado em cima da cama da rainha. Quem sabe um bocadinho da historia de Dona Maria Pia, não pode deixar de sorrir perante esta escolha.



Oh oh... um carro armadilhado, cheio de peluches em perigo!



De toda a exposição as obras que mais me causaram impacto foram as que aliam a escultura com a música. Gosto deste uso da multimedia para criar este efeito. Aqui enquanto subiamos a escadaria eramos acompanhados pela ópera Carmen de Bizet, até encontrar o enorme lustre feito de grande argolas de plástico. Fiquei a pensar se a Joana pensa que as espanholas usam grandes brincos de plástico para marcar o seu estilo?


A incontornavel Maria Pia num restrato de Carolus Duran. Vestida de gala nas cores da monárquia azul e branco, a rainha fez este retrato aos 33 anos, numa altura em que o seu despesismo era mal visto pelo povo. Mesmo tendo o cuidado de se retratar despojada de joias ou outros adornos, por forma a não aumentar as criticas sobre a sua forma de viver é impossivel olhar pera este quadro e não perceber que efectivamente se trata de uma rainha, pelo seu porte, pela sua expressão um pouco altiva.



Perruque, uma das minhas peças favoritas.


Os famosos sapatos feitos com tachos e tampas, com lugar de destaque na sala do trono.



Outra peça que adorei. O coração de Viana que está suspenso por uma corda e vai girando lentamente, ao som de um fado de Amália Rodrigues.


Talvez seja a peça mais estapafurdia de toda a esposição. Parece uma prima afastada da "Leopoldina do continente", mas daquelas que veio de LA!

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