Há palavras que quando chegam á nossa vida nos mudam para sempre.
Umas mudam quem somos, aquilo em que acreditamos, outras apenas mudam a forma como nos mostramos aos outros ou quem fazemos por ser.
Numa tarde de verão no ccb conheci alguém cujas palavras ficaram gravadas na minha memória e que me levaram a ser outra.
- Fiquei tão absorta a olhar para um quadro da Paula Rego que continuei a andar sem olhar por onde ia. Acabei por dar um valente encontrão a um desconhecido que em vez de se aborrecer comigo, pegou na minha mão sorrindo e disse:
- Só por estar aqui já valeu a pena a minha tarde. Já ninguém sabe vestir-se para vir a um museu. Gosto do vestido de linho branco. Gosto do cheiro doce e amadeirado do perfume. Perfume de mulher, daqueles que não se confunde com o meu. Gosto do som que os saltos altos fazem ao bater no marmore do chão. Gosto do rasto feminino e delicado que deixa ficar sempre que muda de sala...
Claro que na altura pensei que ou estava a brincar comigo ou era uma tentativa de sedução, mas ditas estas palavras aquele homem de cabelo grisalho e barba bem aparada desapareceu da sala, deixando apenas as palavras. E as suas palavras fizeram eco em mim e e foram agregando imagens. Imagens de uma silhueta feminina, doce intensa e com brio em si própria. Nesse dia mudei. Revejo-me muitas vezes naquelas palavras, na imagem deixada ficar a solta pelos corredores do museu.
Escusado será dizer que fiz questão de ser o mais possivel essa mulher e hoje quando vou a um museu olho sempre com curiosidade as outras mulheres que se cruzam comigo. Porque há uma geração de gente que pensa que para se ser intelectual tem que ser semelhante a um homem. Por ali andam com oculos de maça pretos, roupa escura nada vistosa, perfume unisexo, malas de pano a arrastar pelo joelho, a olharem para os quadros tentando retirar deles aquilo que não encontram na sua vida.
Só posso sorrir e pensar como entendo tão bem aquele desconhecido.
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Os pecados da gula
E tal como prometi nas minhas resoluções para 2010 aqui fica o alerta para um pequeno atentado que cometi nas férias. Pois se é verdade que tenho resistido á carne dos bichinhos maiores, também é certo que quem vai de férias para a beira interior e gosta de fumeiro passa algum tempo a olhar e salivar para os enchidos.
Confesso que não resisti a umas rodelas de farinheira que me soube pela vida.
Foi só desta vez ;-)
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Primavera
E depois de passar um dia inteiro a trabalhar, nada melhor que uma caminhada para aproveitar este primeiro dia com mais 1 horinha de luz. E o sol brilhava estava calor e tudo parecia mais verde, embora o parque da paz estivesse cheio de gente.
No meio do passeio uma ideia surgiu e começou a tentar-me... Se tanta gente corre, porque é que eu faço 1h a andar? Sim ok eu sei que não gosto de correr, mas e se passasse a gostar? Era só mentalizar-me que podia correr um bocadinho todos os dias até gostar... é mais ou menos o mesmo que comer kiwis. Não os suportava, até que por tanto insistir passei a gostar.
Aqui fica uma nova resolução: a partir de Abril vou começar a correr. Nem que sejam só 5 minutos de corrida e o resto de caminhada e ao fim de 10 dias experimento 10 minutos e por ai adiante.
Se daqui a uns meses chegar a 30 minutos de corrida (gostando de a fazer) sem cair para o lado já é uma excelente meta a atingir!
sábado, 27 de março de 2010
Trabalho de casa para o fds
Pensar na diferença entre disposto e disponivel, tendo em conta que o dicionario não ajuda muito nesse sentido.
Então vamos vêr:
Disposto- preceituado; estabelecido; preparado; colocado
Disponivel: de que se pode dispor (estar pronto ou resolvido, resolver-se)
Já entendi a parte do disposto, agora falta o resto...
Então vamos vêr:
Disposto- preceituado; estabelecido; preparado; colocado
Disponivel: de que se pode dispor (estar pronto ou resolvido, resolver-se)
Já entendi a parte do disposto, agora falta o resto...
sexta-feira, 26 de março de 2010
Piodão
É certo que foi 1h de caminho para cada lado.
É certo que a estrada é cheia e curvas e precipicios é coisa que não falta.
É certo que cheguei esgotada ao hotel e com uma crise de sinosite terrivel.
E a maior certeza que retirei desta minha viagem é que fui feliz lá. Basto eu para ser feliz nos sitios, porque sitios destes fazem qualquer um feliz :-)
quinta-feira, 25 de março de 2010
Familia
E sabemos que temos uma super Familia quando:
Uma filha vai com o pai a consulta de sangue, porque deram sangue há pouco tempo e as análises do pai têm os valores alterados e vão saber o que é.
Claro que o médico não deixou a filha entrar na consulta, mas ela esperou cá fora.
Quando o pai saiu podia ter-lhe dito alguma mentira confortavel ou simplesmente não ter dito nada, mas em vez disso olhou-a nos olhos e disse:
- Sabes, há alturas em que fazemos coisas menos certas e muitas vezes essas coisas vão sendo pagas ao longo da vida. O médico disse que esta tudo bem comigo mas que tenho alguns valores alterados por causa de uma doença venerea que já tive há muitos anos. Nada de grave, disse-lhe que já sabia e que foi quando estive em Africa, ainda tu não eras nascida e depois de conversar com ele não houve necessidade de voltar a fazer as analises e esta tudo bem comigo.
E eu fiquei cheia de orgulho, pela verdade que se partilha sem qualquer julgamento de parte a parte. Não são todas as filhas que têm um pai de 66 anos, que fale tão á vontade sobre um assunto destes. Ainda bem que sou sua filha.
Alguma coisa devemos ter feito bem.
Uma filha vai com o pai a consulta de sangue, porque deram sangue há pouco tempo e as análises do pai têm os valores alterados e vão saber o que é.
Claro que o médico não deixou a filha entrar na consulta, mas ela esperou cá fora.
Quando o pai saiu podia ter-lhe dito alguma mentira confortavel ou simplesmente não ter dito nada, mas em vez disso olhou-a nos olhos e disse:
- Sabes, há alturas em que fazemos coisas menos certas e muitas vezes essas coisas vão sendo pagas ao longo da vida. O médico disse que esta tudo bem comigo mas que tenho alguns valores alterados por causa de uma doença venerea que já tive há muitos anos. Nada de grave, disse-lhe que já sabia e que foi quando estive em Africa, ainda tu não eras nascida e depois de conversar com ele não houve necessidade de voltar a fazer as analises e esta tudo bem comigo.
E eu fiquei cheia de orgulho, pela verdade que se partilha sem qualquer julgamento de parte a parte. Não são todas as filhas que têm um pai de 66 anos, que fale tão á vontade sobre um assunto destes. Ainda bem que sou sua filha.
Alguma coisa devemos ter feito bem.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Um Homem Singular
E como prometido aqui fica o comentario sobre este filme.
O melhor que vos posso dizer é que vão vêr assim que puderem.
Deixo aqui ficar o trailler, mas acima de tudo deixo ficar uma ideia.
E se eu amanhã não estiver aqui... o que será que fica por dizer?
Seguramente depois de sair daquela sala de cinema com a cabeça cheia de todas estas imagens, historia e significado, alguma coisa mudou em mim. E como é bom a mudança.
Neste caso já disse a algumas pessoas o quanto gosto delas e o quanto são importantes para mim. Ainda falta dizer a muitas mais, porque o amor nunca se esgota.
E se eu realmente amanhã não estiver aqui, já são muitos os que sabem que os amo e o quanto são importantes para mim.
E se tu amanhã não estiveres aqui, o que deixas por dizer e/ou fazer?
O melhor que vos posso dizer é que vão vêr assim que puderem.
Deixo aqui ficar o trailler, mas acima de tudo deixo ficar uma ideia.
E se eu amanhã não estiver aqui... o que será que fica por dizer?
Seguramente depois de sair daquela sala de cinema com a cabeça cheia de todas estas imagens, historia e significado, alguma coisa mudou em mim. E como é bom a mudança.
Neste caso já disse a algumas pessoas o quanto gosto delas e o quanto são importantes para mim. Ainda falta dizer a muitas mais, porque o amor nunca se esgota.
E se eu realmente amanhã não estiver aqui, já são muitos os que sabem que os amo e o quanto são importantes para mim.
E se tu amanhã não estiveres aqui, o que deixas por dizer e/ou fazer?
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Um miminho para vocês...
E para todos os que leêm o meu blog e que já sabem ou ainda não que fui fazer este fds um workshop de desenvolvimento pessoal, aqui fica algo que trouxe comigo e que quero partilhar com todos.
Eu adoro Voar
Por Clarice Lispector
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade Já tive medo do escuro, hoje no escuro me acho, me agacho, fico ali.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de amigo e descobri que não eram Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Eu adoro Voar
Por Clarice Lispector
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade Já tive medo do escuro, hoje no escuro me acho, me agacho, fico ali.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de amigo e descobri que não eram Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
sexta-feira, 19 de março de 2010
De volta a Lisboa
Estou de volta a Lisboa, depois de uns dias relaxantes passados entre a piscina as massagens e as sestas na sala de relaxamento. Dormi muito, acordei todas as manhãs com o som dos passarinhos e a agua que desce da serra e vai batendo nas pedrinhas. O hotel é fantástico com funcionarios muito atenciosos e que cuidam bem de nós, a comida é optima, fiquei rendida. Gostei tanto que assim que puder volto lá. Agora que cuidei do corpo e descansei, é altura de cuidar da mente. Vão ser umas férias curtas para tudo quanto decidi fazer. Começo hoje e por 3 dias um workshop de desenvolvimento pessoal. Espero que sirva de balão de exigénio para tudo quanto preciso de fazer na minha vida e para os próximos 3 meses de trabalho que se adivinham dificeis.
De qualquer forma quando estiver muito cansada lembro-me das paisagens e dos sons relaxantes das minha férias.
Aqui fica a vista desde a janela do meu quarto.
domingo, 14 de março de 2010
Encerrado por 1 semana
Pois este blog vai estar encerrado durante uma semana, porque a sua dona vai de férias FINALMENTE!!!
Se ficarem com muitas saudades do blog podem reler o que já foi escrito.
Quanto a mim, estarei incontactavel, assim a modos que encerrada para balanço. Estarei algures num hotel na encosta da serra da estrela, entre massagens, margaritas e alguns passeios pelas aldeias de xisto. Finalmente irei ao Piodão, sem esperar pela pessoa certa que torne tudo mais vibrante e com outro brilho, porque o local vale por si e mais vale aproveitar a boa companhia que tenho e ficar satisfeita por puder lá ir, do que esperar por um sapatinho que acrescente valor ao momento. Estou satisfeita com esta minha resolução, que já vem tarde (há 5 anos que tenho vontade de ir ao Piodão), mas talvez venha na altura certa. O facto de ter visto o filme "um homem singular" ajudou a mudar a forma de encarar certas situações. Quando voltar falo sobre esse filme aqui no blog. Até lá estarei em estado zen de molho nesta piscina fantástica.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional…
Carlos Drummond de Andrade
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional…
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 9 de março de 2010
Fetiche
Tenho fetiche por unhas compridas e pintadas. Nem incluo esta minha obssessão no capitulo das coisas de que mais gosto, porque este meu fetiche ultrapassa a fronteira de um simples gostar de... E este fds em que deixei as unhas curtinhas e lhes tirei o verniz para puderem respirar, reparei que nem consigo olhar para as minhas mãos assim. Sinto-me nua. Parece que já não sou a Susana, não sei onde colocar as mãos e a simples ideia de usar um anel é assustadora. Bom... vai ser só por 15 dias, mas mesmo assim vão ser uns dias em que sou um bocadinho menos eu.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Acupuntura
E hoje levei a minha mummy a uma consulta numa clinica de medicina chinesa seguida de uma sessão de acupuntura. Foi a minha prenda de anos para ela e adorou. Gostou tanto que vai voltar e eu acabei por descobrir que sou a paciente ideal para esta terapia. Dores de costa, de cabeça, perca de peso, alivio do stress... ah e não tenho medo de agulhas... Tenho que pensar bem no assunto e talvez também vá experimentar.
domingo, 7 de março de 2010
Gente inconveniente
Sempre que tenho que fazer tempo entre as visitas no hospital dos capuchos aproveito para me sentar num banquinho frente á porta do serviço de hematologia para pôr a leitura em dia. Sejam jornais revistas ou livros. Não vou lá sentar-me para ver quem passa nem para jogar conversa fora com gente que não conheço de lado nenhum e muito menos para saber da evolução dos pacientes dos respectivos visitantes. Mas tudo bem, compreendo que não somos todos iguais e que em algumas pessoas a veia da cusquice e de querer saber da vida alheia pulse mais forte que em mim. Não sei se funciona o termo de comparação de desgraças, para aferir quem esta pior do que nós... mas ainda assim tudo bem, cada um sabe de si. O que a mim me ultrapassa de todo e me deixa quase a espumar é eu estar compenetrada na leitura do ultimo capitulo deste livro que já ando a arrastar desde Fevereiro e ainda assim inisistirem em meter conversa comigo e fazerem questões!!! E eu que até me considero um ser gentil por natureza, obrigam-me a fazer o meu olhar 33 de pessoa distante e altiva (que muitos dos meus amigos e familiares dizem que sou assim naturalmente) e fitar bem aquela gente mais inconveniente que carrapatos a ver se interiorizam que estão a incomodar. Mas o que acontece quando lidamos com pessoas assim é que não entendem ou fingem não perceber que estão a passar dos limites. E se tão pouco compreendem um olhar muito menos entenderão uma longa explicação, pelo que tive que ficar pela versão curta...
- Ouça, voçe ainda não entendeu que estou a tentar ler, e não estou minimamente interessada naquilo que me esta a dizer? Assunto resolvido.
É que existe gente que nos obriga a chegar a estes extremos. Se pudesse escolher não teria sido assim, e até voltei aborrecida para casa por ter tido que falar dequela maneira, mas ás vezes a resolução do problema não se compadece com palavras doces.
- Ouça, voçe ainda não entendeu que estou a tentar ler, e não estou minimamente interessada naquilo que me esta a dizer? Assunto resolvido.
É que existe gente que nos obriga a chegar a estes extremos. Se pudesse escolher não teria sido assim, e até voltei aborrecida para casa por ter tido que falar dequela maneira, mas ás vezes a resolução do problema não se compadece com palavras doces.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Desejando as Férias
Estou tão, mas tão desejosa que a minha semana de férias chegue!!! Já só faltam 11 dias... Acho que vou passar os primeiros três dias calada, que já estou cansada de me ouvir (principalmente a dizer disparates e coisas que ninguém entende. Estou ansiosa por desaparecer e encher os olhos de paisagens verdes...
terça-feira, 2 de março de 2010
Filme - Uma outra educação
Este fds fui ver este filme e é engraçado constatar como há certos filmes que adoramos, não pelos actores, não pela banda sonora ou fotografia, não por serem polemicos, mas por terem um tema com o qual nos revemos. A pessoa com quem fui ao cinema, achou o filme um pouco enfadonho a historia não lhe dizia nada, já eu tive uma sensação de deja vu. Aconteceu comigo a mesma envolvencia, o mesmo deslumbramento que felizmente não atingiu as proporções trágicas da historia. E ainda hoje acredito que a vida não é apenas estudar e pensar constantemente nos objectivos. É sonhar é viver e é deixarmo-nos encantar e pensar que tudo é possivel. Não me arrependi de nada do que vivi nem das pessoas com quem privei, mesmo quando elas se revelaram quem eu nunca pensei que fossem. Assim é a vida.
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