terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A história de minha passagem de ano


Fui passar o réveillon a casa de uns amigos do Sr Fofinho. Uma vivenda com um óptimo espaço, num bairro agradável de classe média alta, com meia dúzia de pessoas que eu conhecia e uma série de gente que nunca vi na vida. Já tinha uma ideia do género de pessoas que eram embora não conhecesse as esposas. Vai daí pensei, levo ténis umas calças de ganga rasgadas e push up, daquelas que me fazem um bumbum que não tenho e uma blusa engraçadinha com uns brilhos muito simples da primark, não vá alguém pensar que fui a fashion clinic ou a stivali buscar a fatiota da noite. Eu fiz um esforço tremendo para me integrar. A mamã sempre me ensinou que estar bem vestida é usar a roupa certa para as ocasiões. Sabia que uma festa feita na cave de uma vivenda com um frigorífico cheio de minis não pedia mais. Mas nada me preparou para o que lá encontrei e ainda fiz uma descoberta extraordinária.


Existe um grupo de mulheres ao qual eu claramente não pertenço nem sabia que existiam (sim tenho 2 grandes amigas com 3 filhos e outra com 2 filhos que também não fazem a mínima ideia do que estou a falar), que independentemente das idades das crianças, sejam bebés de meses ou crianças de 5 anos todas atingiram o estatuto de posso ser um mono, porque tenho uma cria a cargo.
E não estou a ser uma cabra, porque um dia também posso estar nesse lugar, mas garanto que se não tiver tempo para me arranjar para a festa de passagem de ano, pelo menos penteio e prendo o cabelo num rabo de cavalo, ponho um anti olheiras e um bocadinho de gloss e não uso uma camisola polar. Nem que tenha uma equipa de futebol alguém me vai atribuir mestrado em monice (acabei de inventar uma palavra nova).

1 comentário:

Maria disse...

ahahhahhahahhaa :)