sábado, 27 de setembro de 2014

Tribos e o atraso no blog

Eu gostava de ter um desses blogs modernos, despachados e actualizados até à última virgula. Gostava de chegar a domingo à noite e já ter um post com o tema weekend details, onde conto tudo sobre as ultimas 48h vividas intensamente. Mas por razões profissionais as minhas folgas tanto podem ser durante a semana como ao fds. Tanto podem ser dois dias seguidos como ter folgas separadas e depois há sempre a inércia de passar as fotos da máquina para o computador. Por tudo isto é que só passada 1 semana é que venho cá falar da peça Tribos.


Na minha opinião, não é uma grande peça. Os actores são bons, embora me faça espécie uma das actrizes ser sopinha de massa a falar. É que se eu já faço um esforço para acompanhar o português do Brasil, a situação piorou sempre que a criatura sibilava umas certas palavras que me obrigava a retirar o conteúdo pelo contexto.Não quero de forma alguma influenciar quem possa ler esta critica a não ir assistir a esta peça.
Afinal nem sempre temos um lote de actores brasileiros tão competentes em digressão por terras lusas, eu é que tenho uma clara preferência pelos textos clássicos. Quando assim é uma peça tão contemporânea como esta não tem a menor hipótese contra, García Lorca, Brecht ou Shakespeare
Esta foto foi retirada já depois da peça ter terminado e do elenco ter ido trocar de roupa, para voltar ao palco e permitir uma conversa aberta com a plateia, num espaço de perguntas e respostas. De resto aconteceu o de sempre nas produções com António Fagundes - 20 pessoas ficaram a porta porque chegaram atrasadas e depois da peça começar, o actor proíbe qualquer entrada. Claro que houve confusão e chamaram a policia criando um sururu imenso às portas do Tivoli. Até Sr Fofinho que foi ao exterior fumar enquanto os actores fizeram pausa para irem trocar de roupa, teve dificuldades em voltar a entrar, mesmo com o bilhete já validado na mão. É um daqueles casos de pouca inteligência e falta de sentido critico dos funcionários à porta do Tivoli que não sabem distinguir quem chega tarde para assistir à peça e quem já lá esteve 1.30h sem intervalo e tem que vir à rua porque no interior não há espaço para fumadores. Claro que a coisa se resolveu porque ele não se encolheu perante o segurança que acompanhava a troglodita que não o queria deixar entrar e porque foi completamente lacónico e disse que não aceitava aquela situação e que queria reclamar na hora, mas que não falava mais com a funcionária e ela teria que chamar o seu responsável de serviço. Enquanto tudo isto acontecia lá em baixo já eu estava em conversa com os actores, sem a menor ideia do que se passava visto que não fui com ele ao exterior.
Por isso aqui fica o recado - nem pensem chegar atrasados e se fumam e forem ao exterior durante a pausa dos actores, levem o bilhete e informem o funcionário que vão sair para fumar mas que pretendem voltar a entrar para a segunda parte.



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