Cá do meu dinheirinho... eu é que sei

Marcaram comigo uma reunião no bpi para apresentarem novas propostas. Até agora tenho gostado de trabalhar com eles pela sua flexibilidade, mas definitivamente não são os melhores no que toca a propor investimento. Ainda esta semana vinha com o extrato mensal uma proposta de compra de umas joias de uma colecção lindissima sobre o Oriente. O conjunto da Longevidade que era aquele de que mais gostei custava de preço de venda ao público 1520€ e com o valor das mensalidades pagaria no final por volta de 1800€. Desde quando ter joias é uma necessidade? Sim, porque um investimento só seria se eu já tivesse o dinheiro e o quisesse investir em joias ou ouro (que para quem não sabe, é sempre melhor investir em ouro), em vez de aplicar numa conta a render. De qualquer forma a partir do momento em que pago juros para adquirir um bem, deixou de ser um investimento. Hoje não me falaram sobre isso, mas sobre seguros de pagamento de emprestimo em caso de perda de emprego ou baixa prolongada. Se tivessem feito bem o trabalho de casa, tinham percebido pelo meu irs, que não dependo do meu ordenado para pagar as contas aos bancos. De qualquer forma a nova gestora é amorosa e como já ia com ideias de fazer umas novas aplicações, ela já pode apresentar trabalho ao final do dia. Ainda assim avisei logo que já tinha estudado os produtos e que seriam aplicados nos meus termos e ainda mexendo nas capitalizações. É que tal como um dos melhores professores de economia da faculdade nos dizia - ninguém deve decidir por si, os melhores produtos financeiros ou em que aplicar o seu dinheiro, até porque não conhece a conta bancária de quem está ali á sua frente. Se quem tenta vender o produto me conseguir mostrar quanto dinheiro tem na sua conta pessoal e que todo ele passou pela sua boa gestão, então pode gerir o meu. Mas até hoje nunca vi nenhum gestor de conta dizer quanto dinheiro tem no banco... por isso eles que mostrem os produtos mas a decisão final tem que ser sua.