Nunca fui pessoa dada a relações tóxicas ou a conviver com quem me faça mal. Depois tenho outra característica que é gostar do isolamento e de estar sozinha comigo própria e com os meus bichos. Quando o bebé nascer vou ter mais um ser que partilha deste meu espaço confortável de lucidez e recolhimento. Não tenho a menor dúvida que em casa vamos ser felizes, eu o bebé o cão e as gatas. E a propósito do "desta água nunca beberei", quase que aposto que nunca me vão ouvir dizer que estou farta de estar em casa com o bebé e que preciso de tempo para mim. Não sei bem o que significa esse tempo para mim, nunca soube, porque sempre o tive, com mais ou menos responsabilidades, mais ou menos gente, animais, tarefas a dependerem de mim. É que dentro da minha cabeça e dos meus pensamentos ninguém entra e esse espaço e tempo é todo meu e é tudo quanto basta para estar equilibrada. Agora confesso que aquilo que já não consigo fazer é perder tempo com gente desajustada da realidade. Começa a ser um sacrifício que não consigo manter e que efetivamente altera o meu equilíbrio mental. Sempre alterou e eu ia lidando com isso, mas agora não posso permitir que isso afete o ser que mais depende de mim. Por isso - Pessoas tenho pena, mas muitas chamadas não vão ser atendidas, muitas campainhas não vão ser ouvidas e muitos não posso ou não quero vão ser proferidos. Tudo para bem da minha sanidade mental.
Assim vai ser. Eu o bebé, os bichos e mais uma ou duas pessoas. O resto é ruído, é confusão, é gente que anda perdida, à espera que alguém lhes indique o caminho. Isso é batota... e se tiver que fazer de lanterna, que seja para o meu filho...
2 comentários:
Compreendo bem. Quando engravidei, aconteceu o mesmo. Senti tudo isso. E isolei-me. Livrei-me de tudo o que não me ia fazer bem ou que nada me dizia. É assim... vivendo e aprendendo, não é? :)
Mesmo. É quando passas a ter coragem para fazer o que tem que ser feito, porque é o melhor para o teu filho, por muito que os outros não gostem.
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