sexta-feira, 26 de abril de 2019

O tempo


Continuo com a mesma sensação - 24h num dia para mim não chegam. Esta realidade de falta de tempo só surgiu depois de ser mãe. E houve uma altura em que pensei, como seria fantástico fazer uma cirurgia estética. Seria por um bom motivo, teria anestesia... o que significava que podia dormir sem ninguém me chamar 30 vezes e tinha pelo menos 24h de descanso na cama do hospital, sem ter que mexer um dedo que fosse (até porque não podia). Além disso ainda fiquei 5 dias em casa da minha família no Alentejo. Só se ouvia o vento e os animais. Podia dormir o tempo que quisesse. Tinha quem fizesse todas as refeições e cuidasse de mim. Um sonho... Pois detestei cada momento! Não foi descanso porque estava cheia de dores. Não dormia bem, porque não me podia mexer. Cada hora que passava era um tormento, um sacrifício. Estava desejosa por regressar a casa e ter a minha rotina extenuante de volta.
Voltei para casa e o relógio voltou a girar na mesma velocidade vertiginosa de sempre, com a desvantagem das dores e de não me puder mexer, dependendo dos outros para cuidar do João. E o mês de Abril pareceu ter 90 dias.
Lição a retirar - se estás mal, pensa sempre que podes ficar pior!

2 comentários:

A TItica disse...

Ás vezes penso ir alugar um quarto de hotel e ficar um dia e uma noite fora, na cama e a ver tv!!! Qualquer dia faço!!!!

aovirardaesquina disse...

Sim, quando estamos bem fisicamente essa ideia é muito tentadora 😀