quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Dos julgamentos que todos fazemos

Todos julgamos os outros a diferentes níveis e conforme a realidade em que vivemos. Desde que engravidei, que sou a maior entusiasta a comprar roupa para o bebé. Já algumas pessoas me disseram, que tinha deixado de fazer compras para mim e é verdade. Nestes saldos apenas comprei um vestido de inverno a pensar que vou lá conseguir encaixar a barriga nos meses de Novembro e Dezembro. A verdade é que também tenho muita roupa que guardei da altura em que estava mais gorda e agora aproveito para usar ao longo da gravidez. Mas se mães e pais são diferentes nos seus comportamentos para com os filhos, isso também se reflete nos julgamentos que a sociedade faz. Eu vejo um filho como um prolongamento dos pais, na forma como se apresenta e se comporta. Se tenho cuidado na maneira como me visto, é normal que tenha o mesmo cuidado em vestir e tratar o meu filho, nesse aspecto ele é uma extensão minha. E essa preocupação aparece primeiro na mulher, porque é ela que vive e sente a gravidez e depois porque na nossa sociedade a responsabilidade é sempre da mãe, para o bem e para o mal. Quando vemos uma criança, suja, desgrenhada, com ramelas e unhas grandes e por limpar o que é que todos pensamos? Que raio de mãe é que aquela criança tem? Ninguém pensa que o pai não o limpa ou o cuida, porque isso é responsabilidade da mãe. Tal como, quando eu vejo um miúdo de 3 ou 4 anos com madeixas no cabelo e brinco na orelha penso - se a criança é assim, imagina a mãe!

E claro que vou educar o meu filho a ser o menos preconceituoso possível e a olhar para todas as situações de forma abrangente, mas lá que vai ser difícil, isso vai!

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