domingo, 27 de outubro de 2013

O Pablo e o Fado

Do concerto de ontem e do Pablo Alboran só posso dizer que o piqueno canta que se farta e que vale cada tostão dado pelo bilhete. Teve a participação da fadista Carminho, que o público soube acarinhar e reconhecer. O problema veio logo a seguir quando ela cantou um fado a solo. É que o fado é património da humanidade, mas muito pouco de Portugal, que deveria ser um público respeitador e conhecedor de um género musical que é só nosso. Acredito que tenham gostado muito da participação da fadista, mas perceberam muito pouco já que estiveram quase todo o tempo a bater palmas e aos berros. O principio do silêncio é impossivel de dissociar do fado. Tem que se saber reconhecer o artista no momento certo, em vez de interromper os silêncios próprios do fado. E eu confesso que saí de lá envergonhada. Estamos perante um artista espanhol que claramente percebe que ou o povo Português não faz a minima ideia do que é o Fado nem de como entende-lo, ou são o público mais desagradavel e inconveniente que há.
Parece que o Fado não é dos Portugueses, mas de quem o respeita e sabe apreciar...
 
 
 

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