terça-feira, 4 de setembro de 2018

Existem mães e mãezinhas

Era uma frase que a minha mãe usava muito e da qual me recordei na semana passada quando lia num blog que foi uma tremenda dificuldade para essa mãe, ter que ficar todo o mês de Agosto com a sua filha, porque o colégio fechou para férias. Que inicialmente se comprometeu a isso, mas quando foi o último dia se arrependeu e só queria pedir que ficassem lá com ela. Honestamente acho muito triste alguém partilhar isto, mas mais preocupante foi a quantidade de comentários de apoio e a dizer que compreendiam perfeitamente e que as férias das crianças são um horror. Portanto, passar tempo com os próprios filhos é pior que mau... Neste caso em especifico até entendo que esta mãe tenha algumas dificuldades de relacionamento com a filha, porque não foi uma bebé desejada ou planeada e ainda assim decidiu ter a criança. Teve a coragem de não interromper a gravidez, mas não está preparada para se dedicar à criança como seria desejável. E embora o blog viva um pouco disso e até já tenha desenvolvido marcas em torno da existência dessa bebé a verdade é que rapidamente a despachou para o berçário e que se nota que a bebé é pouco estimulada pela mãe. E eu que passei 8 meses em exclusividade com o meu bebé e que oiço todos os dias - como ele está desenvolvido, como é sociável, como já faz tanta coisa que só se espera que comecem a fazer depois de entrar na creche penso cá para mim, que existem crianças com mais sorte que outras. É que eu não fiz nada de extraordinário. Só fiquei em casa para cuidar, acompanhar e brincar com o meu filho todos os dias, sem telemóvel ou computador a chamar por mim. Passeamos, mesmo nos dias em que me apetecia ficar em casa, mas também fizemos sestas juntos para compensar. Terminei muitos dias com dores nas costas, mas aos 8 meses ele já se coloca de pé sozinho. Houve dias em que parecia que já não sabia falar com adultos, mas o João já diz dá, água, e babu que é uma tentativa de dizer barbas que é nome do cão. E sim, quando está aflito repete mamamamamama vezes sem conta. Afinal parece que valeu a pena haver dias em que só interagimos um com o outro.


4 comentários:

A TItica disse...

Infelizmente é mesmo isso, existem crianças que têm sorte em crescer num lar com amor e outras não :-(

Sério? Criou uma marca? Não conheço...

Cynthia disse...

Também acho isso extremamente triste, mas há muitas mães q adoram despejar os filhos... Ficam felicissimas qd eles voltam à escola, n aguentam os miúdos em casa... Nunca percebi nem acho q algum dia vá perceber.

Blog da Maggie disse...

Pois eu não sei a quem se refere o post, mas gostava de saber, queria ir lá dar um olhinho.
Bom eu acho que esta matéria tem muito que se lhe diga e se é fácil cuidar de um bebé de 8 meses, que ainda dorme bastante e dá para fazer alguma coisa nos entretanto, aguentar um de 2 anos e meio que o meu tem já é mais puxado. É uma idade em que deixa de dormir a sesta, em que faz birras por qualquer coisa, em que fala aos gritos, em que mexe em tudo, e isso pode tornar-se um perigo, ... não é fácil. Sem ajudas é complicado, digo eu que sou mãe de 3. Não gosto de criticas nisto da maternidade até porque não temos todas as mesmas vivências nem os mesmos apoios. Percebo quem adore passar os dias a namorar os filhos e quem não tenha grande prazer nisso. Cada um sabe de si e devemos também dar um desconto que isto atrás de um pc por vezes tem uma sonoridade diferente. Beijinho

Unknown disse...

Pois para mim e complicado porque eu tenho 34 anos e para a minha mãe sou simplesmente mais mão de obra... Tive um azar na vida tive que voltar a casa dos meus pais tenho 2 filhos e para a minha mãe nunca devíamos ter entrado não me falta me constantemente ao respeito em frente aos meus filhos...a situação está de tal maneira que no momento que sair desta casa não volto mais... Há mães e maezinhas... Porque eu era capaz de morrer pelos meus filhos mas a minha mãe não o era por mim... Até o pão que a minha filha come me manda a cara... E eu sustento tudo dos meus filhos ela não me dá nada... Mas dói muito quando até uma fatia de pão que a tua filha come te mandam a cara porque e criança e não liga aquela conversa se e teu ou meu... Dói muito... Para mim nem olhava mais na cara dela...