Ás vezes penso que sofro por nada. Que sofro, por uma cisma, uma obssessão, por ter interiorizado que já encontrei o meu sapatinho e que logo por azar esse sapatinho, não é das melhores pessoas que andam por cá. Que me faz sofrer que me negligência, que já me magoo tantas vezes e de tantas formas, que não é o sapatinho certo, não passa de um sapato ortopédico para endireitar os calos. Mas passados tantos anos e tantas situações, nós acabamos por resistir e como é certo o ditado, aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes. E assim é. Este sapatinho doloroso que entrou na minha vida e que nunca dela vai sair já me ensinou muitas coisas e ensinou-me a resistir. É por isso, que mais ninguém magoa como ele. Este foi um domingo mau, em que alguém que devia ser meu amigo e cuidar de mim como eu já cuidei dele, não o fez. Mas não faz mal. Não há desilusão, nem magoa como seria de esperar. Alguma tristeza, porque certas situações como falta de palavra, não abonam no caracter de ninguém... mas não é meu problema. No fundo, nem quero saber. Não passa de uma bota botilde, feia e desconfortavel, mal feita e com falta de estrutura e por mt que seja engraxada e lhe mude os atacadores, nunca vai passar de sapato de segunda. E o que é que fazemos quando temos um par de sapatos que não vale a pena as dores de cabeça que nos dá e ainda por cima nos roi os calcanhares? Lixo.
Ah e este pragmatismo, foi o sapatinho que me ensinou, dando o exemplo em mim infelizmente.
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