sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Favorite Carrie dialogue from SATC Final episode
The End. O ano foi complicado, recheado de doença de um familiar, de 6 meses a caminhar todos os dias para o Hospital dos Capuchos a vêr desaparecer todos os dias mais um doente com leucemia, até que foi a vez dela. Foi um ano de morte, de desgaste emocional e fisico, um ano em que muitos dos meus colegas foram despedidos da empresa, a fim de uma remodelação geral que não foi melhor para nenhum dos que lá ficou. Foi um ano infernal em termos de trabalho, que me esgotou por completo e me fazia sair de lá de rastos todos os dias.
Os dias verdadeiramente felizes foram poucos. Alguns amigos revelaram-se verdadeiras joias, a familia esteve cá para me apoiar, mas no global aquilo que mais me afectou foi a desilusão e o fim de um amor que eu achava que ia ser para a vida toda.
Foram 3 anos e não 6 como no caso da Carrie e do Mstr Big. Honestamente não me recordo muito bem de quem eu era antes de o conhecer, ele é o meu passado. Bom do presente nem vale a pena falar, ando em luta todos os dias e mesmo ausente ele ainda é o meu presente, e o futuro é aquele que me assusta mais.
Porque cheguei a final da linha, porque não sei viver mais uma relação assim e porque tenho perfeita noção daquilo que perdi e que ele perdeu. Honestamente não acredito que seja possivel encontrar alguém tão extraordinário como o meu ex sapatinho e isso assusta-me. Sempre fui assim, sempre escolhi o caminho que me parecia ser o mais correcto mesmo que fosse esse o mais dificil. O meu coach ensinou-me muitas coisas, mas uma que eu guardo como preciosa. Que quando fechamos uma porta ela tem que ser fechada de vez e com uma luz bem vermelha em cima, para nos lembrar de tudo quanto correu mal e vai voltar a correr se a voltarmos a abrir. O que não quer dizer que se a mesma pessoa bater numa outra porta e vier de outra forma não se possa abrir com cautela para vêr. As pessoas não mudam mas melhoram.
É esse o meu desejo para 2011, que todos possamos melhorar. Para já todas as portas estão fechadas e eu estou no centro da sala ainda sentada a olhar a olhar para elas. Tombei com muita ajuda exterior, mas levanto-me sozinha. Depois de estar de pé e em perfeito andamento escusam de me vir passar a mão pelo pelo e perguntar se preciso de ajuda que já veêm tarde.
Quando chegar a altura de quebrar o isolamento e de abrir as portas, pode ser que entre muita gente boa (afinal já mereço) e talvez possam entrar também algumas pessoas do passado mas claramente por outra porta. Este vai ser essencialmente um ano só para mim, só para me recompor e fazer aquilo que me deixa feliz e me faz bem. Já apanhei tanta pancada na última decada que algum dia tinha que aprender a dizer primeiro eu. Este é o ano de me reinventar.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Damien Rice - The Blower's Daughter - Official Video
Simplesmente perfeita! Simplesmente verdadeira...
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Palavras quase minhas
Ódio por ele?Não…Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida roubei todo o encanto…
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! Nunca mais amá-lo é já o bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não…não vale a pena…
Florbela Espanca - Livro de Soror Saudade
A Florbela Espanca conseguiu escrever ao longo da sua vida poemas nos quais eu me revejo. Este é um deles. Existem coisas com que vou ter que aprender a viver e o amor que sinto por ele vai sempre cá estar. É óbvio que o amo, que sinto a sua falta e não há um dia em que não pense nele. É óbvio que me fez mal também. 3 vezes fui abandonada e a essas 3 vezes resisti e insisti esperneie e lutei o mais que pude. Nunca lhe pedi que ficasse comigo sempre dei liberdade para orientar a nossa relação á sua maneira, sempre confiei nele. Hoje amo ainda mas já não confio. Fui o mais tolerante possivel sempre que ouvia um sim que na realidade sabia ser um não e nunca o confrontei com aquilo que sei da vida dele, nem nunca tive o menor desejo de me dirigir ao 2 esq do número 67 de uma certa avenida em Lisboa e pedir explicações ou matar saudades, nem nunca o farei.
Ele nunca soube o quanto eu sei da sua vida, porque há coisas que guardo só para mim. Até compreendia certas mentiras, até amava alguns dos seus defeitos. Ninguém faz tudo certo na vida e todos cometemos erros eu incluida. Mas existem situações que com a repetição e o passar do tempo começamos a perceber que são traços de caracter e o abandono é um deles. Não posso mais aceitar nem lutar por alguém que quando a tempestade desaba desaparece. Não posso querer ficar com alguém que não luta por um mesmo amor que eu. Mas posso sublimar esse amor, guardar as boas memórias e tudo quanto me trouxe de bom. Posso amar á minha maneira, mesmo não o querendo. E até conseguiria ser sua amiga, ele sabe no fundo do seu coração que se um dia me procurar, será bem recebido "apesar de tudo". Ele sabe que se o encontrar na rua, atravesso a estrado sorrio e lhe dou um abraço. Ele sabe que sou sua amiga e me importo e preocupo com ele todos os dias, mesmo não o querendo mais. Ele sabe...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A descoberta do meu doi doi
Afinal a depressão de que sofro é ligeira e já está descoberta a causa! Sofro de hiper sensibilidade. Daí tanto controlo e tantas consultas porque o médico que já me conhece há vários anos também é daqueles que desconfia que se não sou um tanque belindado, sou um carro de combate para todo o terreno. Levei um raspanete, que não posso dar tanto de mim, ao ponto de ficar sem nada e desiquilibrada.
A medicação controla as minhas alterações de humor a hiper sensibilidade de que sofro por me ter sentido muito magoada e a consequente ligeira depressão. É preciso muito descanso, distrair também tal como ontem fiz e fui ao cinema, mas não me exceder com factores de stress como transito e sitios apinhados de gente enquanto não estiver bem. Sinto-me melhor, o prozac tem feito maravilhas, mas há um trabalho interno muito grande a fazer porque não posso ficar dependente de medicação simplesmente porque estou mais vulneravel. De baixa tal como se previa, até dia 5 de janeiro para nova reavaliação. Parece-me que a única solução para mim será reinventar-me. Este modelo esta gasto cheio de fragilidades, saudades e amor impossivel. Terei que reinventar uma nova Susana que não sofra de nada disso. O psiquiatra acha que é um bom plano e que qualquer método é válido desde que funcione. Só me resta perguntar na próxima consulta o que é que vou fazer ás memórias daquilo que vivi, de quem fui, de quem sou ainda...
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Foram só uns complementos
Depois de ter ido vêr o Harry Potter (já tinha assistido ás crónicas de nárnia na semana passada), fiquei mais tranquila que este género de filmes fantásticos já estão todos despachados. Em Janeiro passo para o cinema mais sério, mas parece-me para na próxima semana ainda vou vêr o Borlesco, adoro musicais e também gosto do conceito borlesco confesso. Depois do cinema sempre passei na sephora... é que já tinha este creme de noite e o meu esfoliante está a acabar e eu gosto de ter tudo da mesma marca.
Aproveitei e comprei também um creme ecran total factor 50 que realmente uso a maior parte do ano, se não a minha melanina fica descontrolada. Os estragos no orçamento não foram grandes e só comprei coisas que faziam falta e que uso com muita frequência, passei longe das prateleiras dos perfumes e da maquilhagem.
Aproveitei e comprei também um creme ecran total factor 50 que realmente uso a maior parte do ano, se não a minha melanina fica descontrolada. Os estragos no orçamento não foram grandes e só comprei coisas que faziam falta e que uso com muita frequência, passei longe das prateleiras dos perfumes e da maquilhagem.
Hoje será um dia perigoso
Já passou o fds do Natal, o pai foi trabalhar, a mãe e o primo estiveram a vêr filmes até tarde e hoje desforram-se a dormir. E eu? Vou fazer uma das coisas que mais gosto, ir ao cinema, porque em Janeiro começam a vir todos os filmes nomeados para os oscares e não há maneira de me levantar da cadeira do cinema, por isso não podem ficar filmes atrasados de Dezembro. O problema é que vou sozinha, que acaba por não ser problema nenhum porque também gosto de ir ao cinema sozinha o verdadeiro drama é que recebi uma mensagem da sephora com 40% de desconto para os clientes e não sei se me consigo manter afastada daquele corredor do Almada Forum. Sozinha em começo de saldos e de promoções exclusivas para clientes... isto não vai correr bem.
Bom, pode ser que eu lá passe só para dar uma vista de olhos ;-)
domingo, 26 de dezembro de 2010
Passou-me pela cabeça
sábado, 25 de dezembro de 2010
Sobe o Natal de uma familia Portuguesa
Resolvi escrever este post porque tenho visto em outros blogs muitas listas de presentes, que me parecem carissimos e desajustados da fase complicada que todos vivemos. Nós somos uma familia pequena e aqui em casa o mote em termos de alimentação não é própriamente a tradição, mas um jantar daqueles que apetece a todos. Este ano calhou à Su ir para a cozinha, porque o que o pai e a madrinha pediram lasanha. Então houve uns queijinhos e umas linguiças alentejanas de entrada, depois a dita lasanha acompanhada por um vinho rosé de preço normal no mercado e para a ceia os famosos doces, azevias de grão, broas, filhoses, torta de laranja e tarde de amêndoa. Café e uma bebida e já está. Simples, nem de mais nem de menos e mesmo assim muito mais que a maioria dos portugueses tem neste momento. E resolvi também mostrar os meus presentes. Tive tudo o que quis porque a familia me conhece bem e porque não pedi coisas disparatadas ou inacessiveis. É verdade que há coisas que eu não consigo usar más, mas se não tiver dinheiro prefiro não comprar e há outras que são tão caras que até tinha vergonha de pedir a alguém que me desse de presente. Estranho é que essa não seja a realidade na maioria dos blogs. Verdade que só gosto de malas caras, se puder comprar optimo, se não puder não tem problema, fica para a próxima estação, mas não peço a ninguém que me ofereça algo assim. Só uso cremes e maquilhagem boa, sou incapaz de pôr porcarias na minha cara. De resto tirando o vicio dos livros que vou comprando e das viagens que faço que também sou eu que as pago, não existem mais extravagâncias. E este ano até tive sorte que os pais ofereceram toda a maquilhagem que eu precisava de renovar, foi uma super prenda.
Aqui vão os presentinhos de uma familia tradicional de classe média, que me parece que não foge mt à realidade deste país.
Fiquei muito contente com os conjuntos de cosmética em versão de viagem que me ofereceram! Espero que 2011 traga a possibilidade de os gastar todos em terras bem longínquas daqui....
Aqui vão os presentinhos de uma familia tradicional de classe média, que me parece que não foge mt à realidade deste país.
Fiquei muito contente com os conjuntos de cosmética em versão de viagem que me ofereceram! Espero que 2011 traga a possibilidade de os gastar todos em terras bem longínquas daqui....
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Celine Dion - Don't save it all for christmas Day
Acabei de chegar da empresa, onde fui entregar a baixa. Fiz questão de a ir entregar hoje porque sabia que não estava ninguém dos serviços administrativos nem da direcção. Nestes dias ficamos apenas nós na plataforma de assistência. Nesse aspecto todos somos iguais todos passamos as mesmas dificuldades, o mesmo stress (sim, tenho uma das profissões que mais stress provoca) e acaba por ser uma mini familia. Preocupo-me e gosto de todos os que lá estavam a trabalhar hoje. Assim foi especial, pude desejar um bom Natal, matar as saudades que tenho deles e dar muitos beijinhos. Eles ainda não sabem, mas só me devem vêr no próximo ano. Pelo andar da carruagem ainda tenho que prolongar o tratamento desta forma, estou melhor, mas ainda não estou bem. De qualquer das maneiras fiquei muito contente por os vêr, se por um lado sei que devo mesmo estar de baixa e descançar, deixar que a medicação faça efeito, por outro tenho saudades deles e até de trabalhar. Apesar de tudo, gosto do que faço e dos colegas que tenho e devemos dizer a todos de quem gostamos o quanto especiais são para nós e não guardar tudo para épocas como esta. Digo muitas vezes gosto de (ti) e no próximo ano prometo dizer muitas vezes gosto de mim e de (ti) também.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Não há nada como..
Umas unhas pintadas de vermelho para me dar outro ânimo. Pinto sempre as unhas de vermelho na altura do Natal e da passagem de ano e desta vez foi o verniz desejo da risque, mais vermelho que isso não há! Mas antes da manicure, estive uma hora na massagem e as minhas costas já parecem outras. Com as medidas de austeridade, parece-me que no próximo ano não vou poder ir tantas vezes á massagem, mas as mãos, essas têm que estar sempre impecaveis.
Papel de parede
Pois se na 2f consegui adiantar o "livrinho pequenino" que estou a ler desde a idade média até ao renascimento, agora não há maneira de chegar á modernidade! É que na 2f estive de plantão ás obras em casa da minha madrinha para terminarem as pinturas na cozinha, e nesse dia o tempo rendeu. Mas ontem á tarde o ajudante não veio, e era o dia de colocar o papel de parede na sala. Adivinhem quem foi a ajudante? Pois... 2 horas no chão de rabo para o ar a fazer os cortes do papel, mais duas horas a colocar cola e a subir e descer do escadote para forrar a parede. Graças a Deus que o ajudante apareceu que eu já não aguentava nem mais uma parede! Páginas lidas ontem? Três miseras páginas e adormeci com o livro em cima de mim. Bem dizem que não se deve ler na cama, mas eu não me consigo emendar nesse sentido.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A familia e eu
Quando nos juntamos em familia os assuntos predilectos além de contar as novidades são as histórias engraçadas dos nossos avós e eu. Não sei bem porquê mas eu sou um assunto de grande interesse e todos me veêm como alguém que não sei se sou ou se calhar ás vezes esqueço que sou. E aqui estamos a falar de caracteristicas que levadas ao extremo não são necessáriamente as melhores: nariz empinado, voluntariosa, de personalidade muito forte, a guerreira que aguenta tudo e que tem um mau génio desgraçado. Eu não sei se cabe tanta coisa destas dentro de mim.
Têm uma ideia de que sou inabalavel, e há bem pouco tempo numa conversa eu dizia - não sou um tanque belindado. E a prova está aqui, nesta fase que estou a passar. Passo por dificuldades como qualquer outra pessoa e também me vou abaixo de vez em quando. Ainda assim ao ouvir falar sobre mim, quase como se eu não estivesse na mesa a almoçar com eles, percebi algo que ainda não tinha interiorizado.
Sim sou obstinada e voluntariosa, insisti 3 anos num relacionamento que me deixou esgotada, mas ainda assim aquilo que gostei mais de ouvir e que me dei conta que é verdade é que sou corajosa. Terminei uma relação mesmo amando aquela pessoa, porque não suportava a forma como ele me tratava, e há pessoas que nunca são capazes de fazer aquilo que eu fiz. Há que impor limites na forma como queremos e admitimos que nos tratem, e quando não é a correcta, por muito que esse amor nos pese no peito temos que dizer basta. Sofro todos os dias com a decisão que tomei, mas não me arrependo. Antes ter amor próprio, que o pouco amor de alguém por mim.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Sobre a familia e não só
Hoje fui a Évora para um almoço Natalicio com uma parte da familia e trazer um dos primos para passar o Natal cá em casa como já vem sendo hábito de uns anos a esta parte. Embora tenha lá a minha familia não vou lá todos os fds, nem todas as semanas e não sei bem como o psiquiatra que também faz urgências no hospital de Évora, sabendo que eu hoje ia lá quis vêr-me. Bolas eu pensei que estava melhor, quer dizer já me sinto mais descansada e já não choro, a medicação esta a fazer efeito e ainda há uma semana atrás tive consulta! Ainda assim tive que passar pelo centro de psiquiatria, mais não fosse para ele vêr que estou bem e desejar um bom Natal.
Não sei se deva ficar preocupada por ele me querer vêr quase todas as semanas... não me sinto assim tão descompensada que justifique isso.
E porque Natal é essencialmente estar com a familia e com aqueles que amamos, hoje tive uma prova que realmente faço parte da familia certa. O meu primo que não sabe exactamente os motivos da minha baixa (digamos que a parte amorosa foi excluida do pacote de desgraças anuais de que a familia tem conhecimento), disse-me claramente que se eu me sentia esgotada e infeliz pelo sitio onde estava a trabalhar e se além disso não conseguia conciliar um mestrado com o trabalho que me consome naquela empresa, que me fosse embora e ele me pagava o mestrado, afinal é para isso que a familia serve. Eu fiquei de queixo caido quando o ouvi dizer isso! É óbvio que não me vou despedir nem tão pouco aceitar que me paguem um mestrado, seja quem for. Nem dos meu pais eu aceito esse tipo de ajuda, mas de qualquer forma soube-me muito bem estas palavras, saber que tenho familia que me trata como mais uma filha. Tudo isto é raro nos dias de hoje. Se voltei de lá feliz pela gentil e genuina oferta que não vou aceitar, por outro lado voltei intrigada com tanta consulta! Sim porque apenas desejei um bom Natal ao psiquiatra, o próspero ano novo desejo na proxima 2f em outra consulta ou rendez vous que já não percebo bem o que aquilo é...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
A verdadeira alternativa ao soporifero
É verdade que me angustia a quantidade de livros que tenho para ler. É verdade também que isso acontece porque de vez em quando tomo a decisão de ler livros enoooorrrrmissssimos.... como é o caso deste. E a piada é que meti na cabeça que o vou terminar até ao final do ano. O triste da história é que decidi ler este livrinho que também estava na estante há uns 2 anos, porque fiquei triste por só o ex sapatinho e a minha mãe saberem o que é uma cluaca. Bem, agora eu também já sei. Fico frustrada cada vez que descubro que existem imensas coisas que não sei ( e infelizmente isso acontece com frequência). Era algo que o sapatinho tinha de muito bom. Aquilo que sabe e a paciência para me ensinar. Já não há sapatinho, nem para ensinar, nem para fazer companhia nas noites frias de inverno (se bem me lembro isso nunca houve, nós sempre estivemos separados em todos os Natais). Então fiz uma substituição brilhante e que tem uma vantagem... a maioria das noites não preciso de tomar o comprimido para dormir, ao fim de 20 páginas já estou acabada.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Para não me perder...
Para os erros há perdão
para os fracassos, chance
para os amores impossíveis, tempo...
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e
acredite em você.
Gaste mais horas realizando, que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando
Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
... Procure os seus caminhos
mas não magoe ninguém nessa procura
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças
mas não deixe que ele se afogue nelas
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o
Clarice Lispector
sábado, 18 de dezembro de 2010
Já sou tia
Palavras de Paz - "Um Grão de Areia"
Para todos os que me convenceram que eu era igual a qualquer outra pessoa. Alguém até disse "quer dizer somos todos diferentes uns dos outros, uns mais que outros". Mais uma daquelas coisas que não deixa de ser verdade mas que dita por uma certa pessoa num determinado contexto é aquilo que de mais errado se pode dizer. Pérolas que não quero coleccionar mais na minha vida. Até porque se somos assim tão iguais "ele" não terá qualquer dificuldade em me substituir, devem andar dezenas de Susanas só na cidade de Lisboa!
Quanto a mim, tenho a certeza que sou um grão de areia especial, mais dourado, mais doce que a maioria e não vai ser ele ou qualquer outra pessoa a tirar-me essa convicção.
Ah e sou única também, posso é na minha singularidade não agradar a todos como foi o caso, mas cada um vive com quem merece, tal como obtem do universo exactamente aquilo que merece e precisa, nem a mais nem a menos, na medida exacta.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Sobre o voluntariado
Nesta época toda a gente quer contribuir. Não sei se por uma questão de caridade, ou para se redimir da ausência da solidariedade do resto do ano. Tirando casos muito especificos de algumas pessoas que conheço, eu prefiro sempre ajudar e doar aos animais. É uma discussão já antiga com alguns dos meus amigos, que me perguntam, mas e as crianças e os idosos? Pois eu também penso nisso, mas parece-me que existem mais seres humanos neste mundo preocupados com a população mais carênciada, do que gente suficiente que se preocupe com os animais. Ainda assim já fiz voluntariado com adultos. Mais especificamente com doentes psiquiatricos (sempre gostei de gente louca e cada vez estou mais parecida com eles lol), é que eu sei que a loucura é muitas vezes provocada por um sofrimento excessivo de factos que acontecem na nossa vida. Hoje em dia sou apenas uma "máquina mal calibrada" que com alguns arranjos e retoques volta a funcionar normalmente mas eu sei que qualquer um de nós pode chegar a um ponto sem retorno, simplesmente porque somos humanos e é isso que acontece a uma série de gente que é muito parecida a nós. Um dia dão por eles, e já nem sabem quem são nem como voltar atrás. Mesmo depois de ter deixado o voluntariado, continuei sempre a ir levar roupa ao Hospital Miguel Bombarda. Sempre que havia mudança de estação e arrumava o guarda roupa, muito do que lá estava era excessivo e acabava por convencer outras pessoas a juntarem também roupa para dar e ia entregar pelo menos 2 vezes por ano na enfermaria do hospital. Mas infelizmente esse hospital que na minha opinião funcionava lindamente fechou e eu fiquei sem ter onde ir levar a roupa que estava habituada. Descobri uma instituição que recebe uma série de roupas e produtos e que me parece fazer um excelente trabalho.
Para quem quiser fazer voluntariado, ajudar quando simplesmente sentir necessidade disso ou entregar roupa que já está a mais no armário e não sabe o que fazer com ela aqui fica o link.
http://www.casa-apoioaosemabrigo.org/comoajudar.html
Porque boa vontade é sempre precisa e neste e em todos os natais antes de nos alegrar-mos com as prendas que recebemos, devemos ser gratos por tudo quanto já temos. A melhor meneira de estar grato por aquilo que se tem, é dividir com quem tem menos que nós.
Para quem quiser fazer voluntariado, ajudar quando simplesmente sentir necessidade disso ou entregar roupa que já está a mais no armário e não sabe o que fazer com ela aqui fica o link.
http://www.casa-apoioaosemabrigo.org/comoajudar.html
Porque boa vontade é sempre precisa e neste e em todos os natais antes de nos alegrar-mos com as prendas que recebemos, devemos ser gratos por tudo quanto já temos. A melhor meneira de estar grato por aquilo que se tem, é dividir com quem tem menos que nós.
Ser ou não Ser
Existem caracteristicas/situações que são incompativeis no nosso caracter. Eu que nunca fui muito de extremos e de vêr apenas a preto e branco entendo que ou nós somos atenciosos, carinhosos, apaixonados, dedicados, ou somos o oposto, indiferentes, de fácil abandono e nenhuma reação ao sofrimento de quem amamos. O que é certo é que quando num curto espaço de tempo alguém é tudo isto, ou oscila entre os dois, uma das facetas não é verdadeira. Até ai tudo bem, mal de quem é assim. O pior é que quem foi alvo do "suposto amor" e das "saudades impossiveis de suportar" começa a pensar posto o abandono, que tudo não passou de uma grande mentira, e tudo quanto lhe foi dado ou proporcionado foi forjado, não passou de uma grande invenção.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
O primeiro comprimido já está tomado
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Oficialmente doente
Desta ida ao médico, não me escapei de uma baixa. É aquele papel que atesta que estamos inacapazes de trabalhar, mas eu sinto-me incapaz para tudo na vida.
Desta vez não houve escapatoria possivel, ele não me encontra melhor e mudou a medicação leve que eu tomava para uma coisa á séria. Desta vez ou fico bem, ou fico bem, não há mais alternativas. Já que não tenho mesmo vontade de sair nem nada me entusiasma, espero que a medicação faça efeito e que me permita ter cabeça para ler. Até ao final do ano ainda fazia algo de útil enquanto estou em tratamento e despachava uns quantos livrinhos que estão na estante a olhar para mim! Vou tomar prozac pela primeira vez na vida. Este ano são só novidades! Já vi um filme com esse nome, baseado num caso real e a rapariga ficou realmente muito melhor com essa terapeutica, vamos vêr se eu também vou ser uma linda menina cono no filme :-)
Fazer o melhor por nós...
Pior que uma má decisão é não tomar decisão alguma. Depois da decisão tomada tudo é facil? Não muito pelo contrario... há dias como o de hoje e o de ontem em que as saudades dele são impossiveis de conter no peito. Ter desistido dele não significa deixar de amar, mas fazer uma opção em que acreditei que seria a melhor para mim: Nós não escolhemos por quem nos apaixonamos, mas escolhemos se queremos ou não viver essa relação. Durante muitos anos eu quis aquela relação e aquela pessoa. Ainda a quero, mas não da forma como estavamos a viver. Optei por mim, talvez não por aquilo que me faça mais feliz, mas pelo que me faz menos mal. Como é que vou viver sem ele? Com dificuldade, tal como de todas as outras vezes, mas vivendo. Agora como é que se vive tendo a certeza que encontramos a pessoa certa para nós nas circunstâncias erradas? Não faço a menor ideia... mas deve existir uma forma...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Acto de misericórdia
* acto porque a dona deste blog não gosta dessas modernices do acordo ortográfico, aqui vou escrever sempre como a Dona Preciosa, a minha professora da primária me ensinou (mais erro menos erro, que esta cebeça é distraida).
- Já tinha ideia de escrever sobre este tema há alguns meses, mas nunca mais me resolvia. Foi hoje, pelo espirito natalicio e pelo jeito engraçado do Blog Fora dos Eixos falar sobre um tipo "javardo". Estou de acordo com ele que a sociedade julga muito pelas aparências e também concordo que um tipo javardo não passa pela figura de um gorro enfiado na cabeça por causa do frio e de uma barba de 3 dias por fazer.
Vou aqui falar sobre higiene e umas nuançes sobre o que é ter brio em si mesmo. Sim porque há muita gente que precisa disso ainda nesta altura. Mais homens que mulheres é um facto. E não vivem lá na santa terrinha ou passam o dia no monte a pastar cabras. Nem há o estigma das etnias. Aqui refiro-me a caucasianos, que trabalham nas grandes cidades, alguns até são relativamente jovens, alguns até trabalham ou trabalharam comigo, outros convivi mais intimamente. E também vou já deixar claro que não é recadinho para ninguém, não sou pessoa vingativa e se pudesse passar pela cabeça de algum leitor que estou de alguma forma a falar indirectamente do meu ex sapatinho, pois desenganem-se, que é o homem mais asseado e cuidadoso com a sua imagem que já conheci até hoje (a criatura não tem todos os defeitos á face da terra), regra geral penso que quem foi militar durante algum tempo preserva muito bem os cuidados de higiene e tem uma boa ideia de auto imagem, tenho esse exemplo em casa todos os dias. Então aqui vai o essencial:
- Tomar banho todos os dias é fundamental, mas atenção o champô é para o cabelo, não serve para levar o corpo todo, para isso há gel de banho ou sabonete.
- Lavar os dentes pelo menos 2 vzs por dias, de manhã e ao deitar é o minimo. E há noite usar fio dentário, porque essencialmente são os bocados de comida que ficam presos entre os dentes e apodrecem que provocam o mau hálito. Se fumam então têm que ter cuidados redobrados com a boca e de inverno atenção á secura dos lábios que dá um aspecto horrivel.
- Usar sempre desodorizante. Os homens por norma transpiram mais que as mulheres e acreditem que se nota. Se não usam uma camisola interior ou um tshirt por baixo de camisa, então essa camisa ao fim do dia tem que ir para lavar, simplesmente porque no dia seguinte cheira mal.
- Outra das coisas que não deveria ser necessario dizer... mudar a roupa interior todos os dias é fundamental.
- O cheio de um perfume fresco é agradavel, mas nem todos gostam é certo. De qualquer forma se tiverem estes cuidados minimos, já podem conviver á vontade que ninguém vai comentar que não estão limpos ou têm ar de javardo. E se têm algum problema de pele, mesmo que seja em sitios não muito visiveis devem consultar o dermatologista e tratar. Fungos e bacterias além do desconforto criam mau cheiro.
E fica um desejo de natal, que algumas das pessoas indicadas possam ler este post e aplicar a si. Se assim for eu e muitas outras pessoas teremos um novo ano bem mais agradavel.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Era uma vez um espelho
Hoje á tarde, bateram no meu carro que estava bem estacionado e partiram o espelho retrovisor do condutor. Eu estava na empresa a trabalhar mas uns quantos colegas tinham ido até ao exterior fumar, quando ouviram o embate e perceberam que era com o meu carro. Quem bateu fugiu e já não conseguiram tirar a matricula. Pois vieram 4 alminhas dar a noticia do sucedido com um ar de quem tinha morrido alguém ou era uma doença grave. Caramba é só um espelho do carro! Eram 16h, eu saio ás 17h e olhei para eles tranquilamente e disse - Bom quando sair logo vejo o estrago.
Olharam para mim como se tivesse dito algo muito estranho. Não sei se estavam a espera que desatasse a correr para o carro ou a chorar pelo espelho! Ainda perguntei calmamente - Mas fiquei sem retrovisor, ou é só o espelho? E realmente é só o espelho. Não sei se é de ter uma personalidade tranquila, ou de já ter passado por situações realmente graves que reajo assim. Não me pareceu drama nenhum, são daquelas coisas que estão sempre a acontecer. Com a sorte que tenho liguei logo para o meu mano que trabalha com carros e me deu o contacto de um amigo com uma casa de peças e consegui um espelho para amanhã á tarde, por 8.30 euros. Será que vale a pena tanto drama por este valor? É só um espelho, é só um carro... tudo na vida tem solução excepto a morte!
domingo, 12 de dezembro de 2010
Ir trabalhar aos domingos...
sábado, 11 de dezembro de 2010
IL DIVO WHITE CHRISTMAS
Mais um fds, mas desta vez a melodia é outra!
Apesar de estar a trabalhar, o mau estar dos fds passados sozinha já ficou enterrado. Aqui fica uma das minhas canções de natal favoritas, cantada por uns meninos não menos jeitosos!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Nunca vou saber porquê...
Depois de ter anunciado aqui no blog que estava tudo terminado com o sapatinho, muita gente que segue atentamente o que escrevo (mais do que poderia imaginar) me perguntou, porquê? Se ele era assim tão mau e te sentias tão infeliz porquê só agora? Bom, em primeiro lugar não se escolhe quem se ama e existem muitos pormenores que nos vão escapando ou aos quais nós não queremos dar atenção. E depois porque foram 3 anos com muitas interrupções e só desde julho é que consegui estar mais próxima dele e entender certas coisas que até há altura me passavam despercebidas. O facto de não existir em 3 anos uma explicação lógica para nunca passarmos um fds juntos era algo que eu ia tolerando, mas que me incomoda muito. O facto de ser quase sempre eu a sugerir estarmos juntos era outra das coisas que me fazia sentir indesejada. E depois houve pequenas frases e comentários que foram uma semente que foi crescendo dentro de mim. O facto de dizer que não pode assumir a responsabilidade de me amar é muito mau. O facto de mentir quando diz que me apoia e me acompanha e se preocupa por eu estar doente sendo dele uma boa parte da responsabilidade e depois desaparecer e desprezar pelo completo, não só revela um caracter instavel, egoista e talvez até cruel. E isto são coisas que eu fui descobrindo ao longo do tempo. Se não posso contar com ele agora que estou doente, um dia que morram os meus pais ou que me aconteça algo de grave poderei contar? É óbvio que não. Mesmo não excluindo a hipotese de que ele me ama (á sua maneira) o tipo de amor e de caracter que temos é muito diferente. No limite, ele teria garantido que se um dia lhe acontecesse algo de muito grave, fosse uma doença que obrigasse a cuidados fosse ficar invalido para o resto da vida, fosse morrer a mãe, fosse não ter dinheiro para pagar a renda da casa onde vive, eu estaria lá para ele, simplesmente por amor e porque o meu caracter o dita assim e ele sabe isso. E eu a 1º vez que fui ao fundo e precisei dele o que obtive? Nada... É lamentavel e doi muito sim, mas é melhor saber isso agora e não dar 2º oportunidade porque hoje eu sei que ele me voltaria a deixar mal vezes sem conta. Se tudo isto é monstruoso? Um pouco sim. Se algum dia ele vai admitir, ter consciência ou sentir-se mal por causa disso?
Se alguém souber que é monstro, vai querer ser outra coisa de certeza...
Não creio que o faça por mal, penso que é a sua natureza, mas não posso afirmar com convicção, mas o mais importante disto tudo, é que já não importa...
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Assim de surpresa
Hoje tive uma surpresa, daquelas que não estava nada a espera.
Ao longo de 3 anos de amor com o sapatinho houve muitas interrupções e a ultima teve 7 meses em que estivemos sem nos falar durante o periodo em que ele esteve em Angola. Óbviamente não deixei de o amar, mas continuei a minha vida com toda a normalidade e conheci alguém muito especial. Não tinha nada que ver com o sapatinho, mas era muito amoroso e meiguinho e dava-me imensa atenção. Era também um homem inteligente e dedicado aos seus projectos e tinhamos sempre conversas interessantes, fazia muito boa companhia. Bom, eu decidi dar uma hipotese para vêr se corria bem e pouco tempo depois o sapatinho voltou. Entrei em pânico, sem saber bem o que fazer e não me pareceu nada boa ideia que aquela pessoa que tinha acabado de conhecer e que era tão gentil acabasse enganado. Então arranjei uma birra por um motivo qualquer e afastei-o de forma abrupta da minha vida, porque não queria que sofresse com o facto de eu lhe dizer que ia tentar mais uma vez ficar com o sapatinho. Preferia que ficasse aborrecido comigo e a pensar que era infantil do que com a sensação de que preferia outro a ele e que tinha andado a brincar com os seus sentimentos. É sempre complicado envolvermo-nos com alguém quando ainda existe uma história de amor a decorrer e eu nunca lhe escondi isso, mas também já não tinha esperanças que o sapatinho voltasse. O meu plano deu certo e essa pessoa acabou por se afastar aborrecido cmg e com razão e nunca mais falamos. Até tentei fazer as pazes, mas ele não quis saber. Achei que o tinha magoado muito e que ele nunca mais me falaria, mas penso que apesar de tudo nunca deixou de seguir o meu blog, e hoje recebi uma msg dele a dizer para me animar, que não gosta de saber que estou triste e que nunca deixou de gostar de mim. E eu fiquei um pouco sem chão, porque aqui quem foi má, fui eu e honestamente não sei se mereço que ele se importe cmg. Com tanta confusão nunca tive intenção de o magoar ou de lhe fazer mal, muito pelo contrario, queria apenas poupa-lo, mas sei que lhe custou, e agora embora tenha ficado enternecida com esta surpresa, não me sinto merecedora dela. Cabeça de mulher é um bicho complicado.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
James Blunt - Goodbye My Lover [OFFICIAL VIDEO]
Esta manhã tive que tomar a decisão mais dificil até hoje. Dizer adeus para sempre á pessoa que ainda amo. Nunca o quis fazer, nunca quis ser eu a tomar essa decisão, mas esta situação estava a destruir-me. Levei algum tempo a ganhar coragem e a digerir toda a falta de amor e cuidado da parte dele. Talvez a depressão também venha dai, nunca é facil fazer aquilo que realmente tem que ser feito, quando ainda amamos. Obriga a uma lavagem de cérebro, a um apagar de emails, de numero de tlf e acima de tudo de memórias. Memórias que nós durante tanto tempo pensamos que eram especiais e depois um dia descobrimos que não passaram de um aquivoco.
O 1º passo já foi dado e o sapatinho eliminado para sempre da minha vida. Não sei como vai ser o amanhã, a unica certeza que tenho é que vou iniciar um novo ano descalça, mas de coração mais leve. Não haverá mais mágoas mais preocupações sobre fds juntos, sobre retribuição de chamadas ou msg, sobre aguardar por migalhas de atenção. Acabaram-se os maus tratos. Tornei-me naquilo que mais reccei toda a vida, ser uma mulher mal amada. Ter a certeza que essa situação acabou é a sensação mais "dolorosa" e libertadora ao mesmo tempo de que algum dia poderia sentir. Estou descalça, mas livre.
Com quem se pode contar
Eu sou daquelas pessoas que acredita que é nos maus momentos que percebemos com quem pudemos realmente contar. Quando tudo esta bem, aparecem todos os amigos e conhecidos, mas quando estamos no fundo do poço e não somos boa companhia nem para para nós próprios poucos são os que se chegam á frente e dizem eu estou cá. Há relações em que nem é preciso dizer e que nós sabemos sempre (como a minha amiga Sofia), mas há alturas em que somos surpreendidos e alguém que nós sabemos que é nosso amigo, mostra ser um super amigo. É o caso do C, que os ultimos tempos tem sido a pessoa que me consegue tirar de casa e fazer rir um bocadinho. E ontem contra todas as probabilidades de sair (doente e com mau tempo) acabei por ir tomar um café e vêr as luzes de Natal da vila de Sintra. É verdade que já nos conhecemos há 4 anos é verdade também que já tivemos uma relação romantica que não deu porque temos feitios e objectivos muito diferentes, mas sempre continuamos amigos. Ele passou por fases complicadas e eu estive lá, e agora ele tem estado para mim. Amizade pura. E ontem quando me viu e conversamos e comecei a chorar (ultimamente é o que mais faço) os olhos dele brilharam e ficaram rasos de água também por eu estar tão triste. E eu não chorei mais o resto da noite porque não quis que ele ficasse triste também. Deu-me uma responsabilidade que é a de não deixar os outros tristes por minha causa. E depois da conversa e do passeio ficamos 15 minutos abraçados e ganhei umas festinhas no cabelo como se faz as crianças pequenas. Só isso bastou para que me sentisse melhor. Vim para casa e dormi directamente. Nem comprimido, nem chorar nem voltas na cama. O que leva á conclusão de que quem gosta de nós independentemente do tipo de sentimento que nutre, está para nós nos maus momentos e consegue com um abraço mandar embora muitas das nossas angustias e tristezas. Para quem se está a lixar se estamos cá neste planeta estas alturas são sempre de silêncio e de ausência, porque cuidar de alguém e ser amigo dá trabalho e só os corações puros e generosos estão para esses trabalhos...
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Hoje a minha melhor amiga é a cama
e não é pela depressão porque assim como assim me tenho levantado todos os dias e faço o que tem de ser feito. As noites são sempre piores vem a solidão, os pensamentos terriveis que não conseguimos evitar e as lágrimas, consequentemente vem também o comprimido para dormir. Mas desta vez não consigo realmente sair dela. Estou com febre e uma valente amigdalite e delirei toda a noite. Quando deliro, normalmente lembro-me sempre dos ultimos minutos de delirio antes de acordar. Hoje alguém me segurava a mão como se estivesse a ler as suas linhas e dizia: - Minha filha se queres ser feliz tens que te livrar dele o mais rapidamente possivel.
Os delirios febris dão umas boas dicas. Só não explicam como é que se faz isso...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Uma definição de Amor
Estava a ler os ultimos blogs antes de me ir deitar e deparei-me com isto escrito pela Kittie Fane do Amor é um Lugar estranho:
Há um episódio da série Lipstick Jungle, em que a Victory, que sempre fora muito independente e senhora do seu nariz, olha para o Joe e pensa, um pouco assustada, no que era antes dele e no que é, agora, depois de se ter apaixonado por ele. Eu acho que todas as pessoas que sempre foram muito independentes pensam um bocadinho daquela forma quando amam a sério e, consequentemente, largam, voluntariamente, aquela independência de outrora. De repente, olhamos para a outra pessoa e nela vemos a nossa maior força, mas, ao mesmo tempo, a nossa maior fraqueza (palavras do meu amor). Fraqueza pelo medo que temos de o perder. Pelo medo que temos que não esteja bem. Que esteja triste. Que esteja magoado com alguma coisa que dissemos ou que disseram. E isto assusta sempre um bocadinho no início. Depois... Depois começa a fazer parte de nós até se entranhar no nossa mente.
Depois pensei, eu sempre vi no meu sapatinho a minha maior força e fraqueza, sempre tive medo de o perder, sempre tive medo que não estivesse bem. Que estivesse triste que fosse preciso algo e n me dissesse. Eu sempre amei (e para mim esta definição da kitie fane é uma das possiveis definições de amor e cmg sempre foi assim), mas da parte dele nunca notei preocupação em saber se estou bem ou mal, feliz ou infeliz, doente ou a precisar de alguma coisa. Aliás quanto maior o problema mais ele se afastava, quanto mais sério se tornava mais rapido desaparecia e desta vez que o problema é mesmo grande foi o abandono total. Se dantes tinha dúvidas agora entendo que fui eu a única a amar e a preocupar-me estes 3 anos. Sinceramente ainda não percebi o que é que ele fez este tempo todo, além de dizer mentiras e falar de coisas que sabia que nunca se iam concretizar. Será que para nós estamos bem, temos que viver fazendo mal aos outros?
Não é mais simples dizer que não se ama e não se pode estar com essa pessoa e que ela deve fazer a sua vida sem ele. Não é o que é digno? Correcto? E não é linear?
Ou amamos ou não amamos. Ou pudemos e queremos estar ou não? Estas coisas não se dizem logo? Ah assim é perder mais uma oportunidade de piorar o que já esta mal, de prolongar o sofrimento do outro. Sim, porque é de todo aceitavel entender que alguém não nos ame, nem sempre somos o sol da vida deles, o que não é aceitavel é não ser claro e transparente quanto a isso e continuar a fazer estragos. Até que eu o permita. Até que eu tenha forças para o parar a tempo ou me deixar destruir totalmente por ele, Chegados a esse ponto ainda vamos a meio caminho, ainda não sei como vai ser.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Nina Simone - Wild is the Wind
Esta música sempre me disse algo de intimo e especial, principalmente cantada pela Nina Simone, mas nunca tive um contexto ou alguém com quem a relacionar. Agora tenho, desde há alguns anos que tinha, alguém com quem esta música acontecia sempre que estavamos juntos.
E agora que relacionei a música e a pessoa, percebo que esse alguém é um mito, uma fantasia criada pela minha cabeça. Já aprendi a lidar com a perda de alguém que realmente morre, mas não sei o que fazer com a perda de alguém que ainda em vida simplesmente deixa de existir...
sábado, 4 de dezembro de 2010
I'll stand by you - The Pretenders (with lyrics)
A piada do fds vem em forma de música!
Mais um fds sozinha.
"claro que eu estou aqui para ti querida, aliás tu só te podes dar ao luxo de perder o pé quando eu estou por perto, que sou bom nadador e agarro-te."
Nota-se.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Tarde de mais...
Quando chegaste enfim, para te vêr
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta a escutar...
Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite a Iluminar
E as pedras do caminho a florescer!
Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurava-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!
E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde ó meu Amor?...
Florbela Espanca
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Estar só
Desengane-se quem pensa que pode realmente estar só ou viver só. É que todos precisamos de ter alguém na nossa vida nem que seja para se responsabilizar a deixar que nos coloquem um tubo no rabo. Isto dito assim parece louco (já não é novidade nenhuma) mas macabro também. Passo a explicar: Hoje tive que me deslocar á Cuf onde um familiar ia fazer uma colonoescopia, para assinar um termo de responsabilidade por essa pessoa visto que ia ser sedada. Ou seja, ou há alguém que se responsabiliza pelo paciente caso algo corra mal no procedimento e tome as decisões mais acertadas para a sua vida e então o paciente esta tranquilo porque há alguém a quem ligar e mesmo a nivel de exame tudo é mais facil porque tem anestesia, ou então se estamos sós no mundo, temos que deixar que nos enfiem o tubo no cu com toda a dor associada (nada de termos de responsabilidade por anestesias), porque ninguém se responsabiliza por isso. É bom saber estas coisas n é?
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Ultima nota antes de dormir
Sobre a escolha das palavras.
Oscilar - verbo intransitivo
1. mover-se alternativamente em sentidos opostos
2. balancear-se
3. variar (entre dois limites)
4. figurado hesitar; vacilar
Isto é o que vem no dicionário.
Nos paraquedistas diz-se assim: Quando há dúvidas, deixa de haver dúvida.
Pergunto eu, uma dúvida não é também uma oscilação?
Então quem dúvida que ama, passa a ter a certeza que não ama... se não, não duvidava.
Se calhar é dos comprimidos ou do sono. Estou na dúvida e não me consigo decidir entre estes dois, porque é que me lembrei de escrever este post.
Se calhar vou dormir.
Oscilar - verbo intransitivo
1. mover-se alternativamente em sentidos opostos
2. balancear-se
3. variar (entre dois limites)
4. figurado hesitar; vacilar
Isto é o que vem no dicionário.
Nos paraquedistas diz-se assim: Quando há dúvidas, deixa de haver dúvida.
Pergunto eu, uma dúvida não é também uma oscilação?
Então quem dúvida que ama, passa a ter a certeza que não ama... se não, não duvidava.
Se calhar é dos comprimidos ou do sono. Estou na dúvida e não me consigo decidir entre estes dois, porque é que me lembrei de escrever este post.
Se calhar vou dormir.
Mariah Carey - All I Want For Christmas Is You
Vamos tentar animar este blog depressivo!
E como já estamos no mês de Natal aqui vai uma das músicas preferidas de sempre. E apesar de estar a viver um drama amoroso, por acaso esta musica não esta realacionada com isso, nem tão pouco espero nada disto para o natal, apenas o sofá lol
Acho que me deram uma K7 num natal há uns 18 anos atrás e deve ter sido das primeiras canções em inglês que comecei a cantarolar e ainda hoje tem passagem obrigatória cá em casa.
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