sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nunca vou saber porquê...


Depois de ter anunciado aqui no blog que estava tudo terminado com o sapatinho, muita gente que segue atentamente o que escrevo (mais do que poderia imaginar) me perguntou, porquê? Se ele era assim tão mau e te sentias tão infeliz porquê só agora? Bom, em primeiro lugar não se escolhe quem se ama e existem muitos pormenores que nos vão escapando ou aos quais nós não queremos dar atenção. E depois porque foram 3 anos com muitas interrupções e só desde julho é que consegui estar mais próxima dele e entender certas coisas que até há altura me passavam despercebidas. O facto de não existir em 3 anos uma explicação lógica para nunca passarmos um fds juntos era algo que eu ia tolerando, mas que me incomoda muito. O facto de ser quase sempre eu a sugerir estarmos juntos era outra das coisas que me fazia sentir indesejada. E depois houve pequenas frases e comentários que foram uma semente que foi crescendo dentro de mim. O facto de dizer que não pode assumir a responsabilidade de me amar é muito mau. O facto de mentir quando diz que me apoia e me acompanha e se preocupa por eu estar doente sendo dele uma boa parte da responsabilidade e depois desaparecer e desprezar pelo completo, não só revela um caracter instavel, egoista e talvez até cruel. E isto são coisas que eu fui descobrindo ao longo do tempo. Se não posso contar com ele agora que estou doente, um dia que morram os meus pais ou que me aconteça algo de grave poderei contar? É óbvio que não. Mesmo não excluindo a hipotese de que ele me ama (á sua maneira) o tipo de amor e de caracter que temos é muito diferente. No limite, ele teria garantido que se um dia lhe acontecesse algo de muito grave, fosse uma doença que obrigasse a cuidados fosse ficar invalido para o resto da vida, fosse morrer a mãe, fosse não ter dinheiro para pagar a renda da casa onde vive, eu estaria lá para ele, simplesmente por amor e porque o meu caracter o dita assim e ele sabe isso. E eu a 1º vez que fui ao fundo e precisei dele o que obtive? Nada... É lamentavel e doi muito sim, mas é melhor saber isso agora e não dar 2º oportunidade porque hoje eu sei que ele me voltaria a deixar mal vezes sem conta. Se tudo isto é monstruoso? Um pouco sim. Se algum dia ele vai admitir, ter consciência ou sentir-se mal por causa disso?
Se alguém souber que é monstro, vai querer ser outra coisa de certeza...
Não creio que o faça por mal, penso que é a sua natureza, mas não posso afirmar com convicção, mas o mais importante disto tudo, é que já não importa...

Sem comentários: