segunda-feira, 29 de abril de 2019

domingo, 28 de abril de 2019

Estilo disse ela


Já que a pessoa foi à faca, pode começar a pensar como é que vai expor os braços. Mas em bom...

sábado, 27 de abril de 2019

Quando a família te visita no trabalho





Tu abres as portas do palácio. Do Palácio da Bacalhoa.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

O tempo


Continuo com a mesma sensação - 24h num dia para mim não chegam. Esta realidade de falta de tempo só surgiu depois de ser mãe. E houve uma altura em que pensei, como seria fantástico fazer uma cirurgia estética. Seria por um bom motivo, teria anestesia... o que significava que podia dormir sem ninguém me chamar 30 vezes e tinha pelo menos 24h de descanso na cama do hospital, sem ter que mexer um dedo que fosse (até porque não podia). Além disso ainda fiquei 5 dias em casa da minha família no Alentejo. Só se ouvia o vento e os animais. Podia dormir o tempo que quisesse. Tinha quem fizesse todas as refeições e cuidasse de mim. Um sonho... Pois detestei cada momento! Não foi descanso porque estava cheia de dores. Não dormia bem, porque não me podia mexer. Cada hora que passava era um tormento, um sacrifício. Estava desejosa por regressar a casa e ter a minha rotina extenuante de volta.
Voltei para casa e o relógio voltou a girar na mesma velocidade vertiginosa de sempre, com a desvantagem das dores e de não me puder mexer, dependendo dos outros para cuidar do João. E o mês de Abril pareceu ter 90 dias.
Lição a retirar - se estás mal, pensa sempre que podes ficar pior!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Páscoa 2019







Quando tens um filho, aquela ideia de passar o domingo de Páscoa entre a mesa e o sofá, vendo tv e atacando tudo quanto é folar e amêndoa, passa rapidamente. Então se a criança tiver pilha duracel, tens que levar toda a família ao parque, para estarem de olho nele. Fomos para a fábrica da pólvora, que é um sítio super giro para festas em família e para as crianças puderem correr à vontade.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Nivea da latinha azul

Amanhã faço 1 mês de operação para remover o excesso de pele nos braços. Tenho estado afastada do blog por falta de tempo, mas nos próximos dias devo conseguir colocar em dia as minhas aventuras cirúrgicas. Vou começar pela latinha azul... 
Então fui na 2ºf tirar os últimos pontos (finalmente) e de veredicto tive esta informação - a cicatriz está com bom aspecto e a sarar bem. Volta daqui a 15 dias para nova consulta e entretanto vai massajando os braços com creme nivea e já não precisa de usar mangas de compressão. Devo ter feito cara de ET, quando perguntei... creme nivea? Ao que senhora doutora, já muito afrontada pela minha pergunta aparentemente estúpida, revira os olhos e replica - simmm creme nivea da latinha azul!
Respirei fundo e não dei resposta. Saí de lá a pensar que me tinham colocado compressas e mangas de compressão porque estava a sangrar na zona onde tiraram os pontos e que se calhar creme nivea não era boa ideia. Talvez se eu fosse uma pessoa normal a sair daquela sala jorrando sangue depois de lhe terem arrancado os 34 pontos que faltavam, tivesse berrado - de creme nivea precisas tu minha estúpida! E não é massajado! Mas como sou um exemplar humano na versão soft vim a pensar que ia usar b pantene plus até a cicatriz deixar de sangrar e depois cicalfate da avene, que já tinha usado nas minhas cicatrizes da laparoscopia e que hoje não são visíveis.

PS: se entretanto a nivea quiser o contacto da minha cirurgiã é só entrar em contacto comigo, que tenho todo o gosto em lhes apresentar o calhau com olhos

segunda-feira, 22 de abril de 2019

segunda-feira, 15 de abril de 2019

sexta-feira, 12 de abril de 2019

quinta-feira, 11 de abril de 2019

No processo


Quando estás desde 25 de Março sem te puderes mexer, cheia de pontos (nem vou falar das dores) tens as axilas cheias de pelos e não podes tirar, se não vai um ponto por arrasto. Não podes usar desodorizante e não vale abusar no perfume para disfarçar o cheiro da transpiração, até porque não sou espanhola... Para compensar esta miséria já fui arranjar as unhas e ao cabeleireiro 2 vezes esta semana. Ainda vou arranjar tempo para depilar o resto do corpo que não tem pelos e está mesmo a precisar. E talvez com muita sorte (que bem preciso) já consiga tirar o resto dos pontos amanhã!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Das forças da natureza

Fico muitas vezes a pensar naquela frase - Esta pessoa é uma força da natureza!
Não somos todos centelha divina, filhos do mesmo Deus, merecedores do mesmo sol? Não somos todos parte da natureza? Agora a natureza manifesta-se de formas diferentes. Continuo a preferir ser como um riacho tranquilo que vai moldando os seixos do rio com suavidade, do que qualquer furacão ou chuva torrencial que leva tudo à sua frente. Se calhar devíamos mudar esta frase e passar a dizer - aquela pessoa é uma catástrofe natural na vida dos outros...


terça-feira, 9 de abril de 2019

O meu bebé já não cheira ao mesmo

Quando regressei a casa após os 5 dias de pós operatório em que estive longe do João, dei um grande abraço e muitos beijinhos à cria boa, que reagiu com muita normalidade. Parecia que a mãe tinha estado sempre ali. Foi mostrar os sapatos novos que o pai lhe estava a calçar naquela semana e que ainda levava o mickey a passear no seu carrinho, como sempre fez. Tudo parecia normal, mas não estava. Já sabia que na tarde anterior o João tinha tido uma crise na creche e passou a tarde toda a chorar e a perguntar pela mãe. O pai também me dizia que ele tinha noites agitadas e chorosas e para ajudar até dormia na nossa cama com o pai. Mas foi quando o cheirei que percebi que algo estava errado nele. O João estava desequilibrado, já não tinha aquele cheiro doce e quente de bebé, sobressaindo um aroma asséptico, semelhante a um desinfetante. Até me pareceu um metal a oxidar. E continuou assim nos dias seguintes, até entender que a mãe tinha regressado e já não se ia embora. Agora já dorme a noite inteira novamente. Percebe à sua maneira que ainda tenho limitações e sobe para o sofá para se encostar a mim a comer uma pera ou para ver as músicas do panda. Voltou a ter aquele cheiro de bebé lavado com mustela e o aroma quente que só o mimo dá.


segunda-feira, 8 de abril de 2019

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Um bom mote de vida


Sobre viver e saber viver

Sigo algumas figuras públicas e bloggers portuguesas que foram mães recentemente. Algumas estão de férias em Miami e deixam o bebé de 3 meses com o pai. Outras vão fazer trabalhos de 1 semana para Londres e a bebé fica com os avós. Há quem tenha uma criança com quase 2 anos e tenha marcado um retiro para Bali e à última hora a criança ficou doente e ela cancelou a viagem. Tudo isto é só informação- quase escrito sem pontuação, para não ser tendenciosa.
Eu fui operada há uma semana atrás e não me recusei ao desafio. O João ficou 1 semana entregue ao pai e à minha madrinha. Pensei que dois dias depois de ser operada podia regressar a casa, mas não foi assim. Tinha drenos nos braços que impossibilitavam que me mexesse. Tinha e tenho dores (muitas). Da contração que faço para não ter movimentos bruscos com os braços, estou cheia de dores nas costas. Não tenho posição para dormir, durante 5 noites acordava com o pijama sujo, as mangas de contenção ensopadas em sangue e muitas vezes os lençóis também. Só tiro os pontos daqui a 4 dias e isto pica a pele até ao desespero. Tem sido um inferno. Faria tudo de novo. Não me arrependo da decisão. Mas não foi algo voluntário no sentido de olhar para a agenda e pensar - a 25 de Março vou ser operada. Fui chamada para a cirurgia num hospital público, de acordo com a disponibilidade da médica, que foi muito clara quando disse que ou era operada naquela data, ou não tinha vaga para mim. e eu aceitei mesmo estando a passar por um inferno. Apesar de ter um bebé de 1 ano e meio que não percebe porque não o consigo tirar da cadeira da papa quando me pede. Ou da cama. O sacrifício também é dele, que passou uma tarde inteira na creche a chorar e a perguntar pela mãe. Mas a vida é feita de escolhas. Com sentido de responsabilidade e consciência. Não vivo para o meu filho, até sou daquelas que diz que os filhos são do mundo. Mas para serem úteis cá neste mundo têm que se sentir seguros, estimados, valorizados. Tudo isto de acordo com a educação dos pais, obviamente. Eu não estive 1 semana presente na vida do João e a vida continuou. A criança não vai ficar com mazelas psicológicas por isso. Ainda assim pensei - como é que quem não está cria um filho? Como é que alguém que está constantemente a trabalhar, a passear, a viver a sua vida educa um filho? Educa quem passa tempo e toma conta da criança. Por isso outros farão da criança aquilo que ela vai ser no futuro. E isso eu não quero para o João.