sábado, 13 de agosto de 2011

Já há muito tempo que não via a morte tão perto

Hoje foi o ultimo dia do curso de ritmos latinos e o professor não pode ir, mas deixou os alunos bem entregues á sua namorada e belissima bailarina, Cátia. Acontece que a menina é um bocadinho mais bruta que ele e avisou logo que hoje era a doer... Só não esperei que fosse um doer de morte. Primeiro colocou kizomba, que é a minha dança da negação. Que querem que vos diga? Faz-me espécie aquela historia do roça roça e depois é uma tragédia em 3 actos. Eu por um lado, o par por outro e a música que nenhum acompanha. Depois de já estar bem desconfortavel com tudo isso, então foi a hora da salsa avançada. Só que quando digo avançada estou a falar em números quase acrobaticos e logo por azar, daqueles em que se a acrobacia correr mal, é a senhora que parte a cara. Confesso que quando vi o que ela nos sugeriu fazer a primeira imagem mental que veio á minha probre cabecinha foi o salto de paraquedas que fiz em Maio. Pensei, se fui louca o suficiente para saltar sem estar a pensar que iria ficar completamente escarranchada no chão (e realmente, não me aconteceu nenhuma desgraça), então talvez consiga sobreviver a isto sem cair, nem partir nenhum ossinho. A proposta? Fazer uma pirueta para a direita, voltar a enrolar rapidamente para a esquerda, juntar a perna e a anca com a do parceiro, encostar o pé ao dele e ficando apoiada apenas num pé, cair para cima dele, deixando todo o nosso peso apoiado no seu corpo, encolher a outra perna junto ao joelho fazendo um arco (ufa, ufa) e sair desta posição com graciosidade desenrolando novamente para a direita e depois dando mais uma volta em oito tempos sem qualquer apoio, para finalmente cair nos seus braços! Se algum dia me dissessem que iria fazer isto dizia concerteza que era uma piada de mau gosto!
Na realidade fiz. Não uma, não duas ou meia duzia, mas umas 50 vzs em menos de 15 minutos. De nada serve dizer que cada vez que a cena se repetia pensei que seria o meu ultimo suspiro na terra! Com dificuldade sobrevivi à última aula e todos aqueles passos loucos. Sai de lá com uma adrenalina brutal. Tinha combinado ir vêr o espectaculo desta noite na praça do comercio com os meus amigos e realmente fui. Para isso era preciso jantar depois do curso e para jantar era preciso não ter o estomago ás voltas. Solução? Assim que desci as escadas em caracol, fui direitinha ao Peter's Bar, sentei-me numa das mesas cá fora e pedi um gin tónico que bebi em 3 vezes. Só depois é que foi possivel comer uma tosta mista e um sumo e já com muito custo. Nem quero pensar no que me espera em Setembro. Acho que é desta que tenho que apanhar uma bebedeira, para perder o amor á vida e conseguir fazer todos aqueles passos suicidas!

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