sexta-feira, 16 de maio de 2014

Lá em Liliput somos todos assim

e conseguimos transformar o prazer num drama! Tenho o livro Baudolino (não é o baú do Lino como já ouvi alguém dizer e que me deixou a rir sem parar uns bons minutos) do Umberto Eco que é conhecido pelo uso da linguagem semiologica na sua escrita. Ora o livro tem estado na minha estante sossegadinho há uns bons 10 anos. Lembro-me de na faculdade ter estudado o papel dos signos culturais no livro O Nome da Rosa do mesmo autor e por algum motivo não cheguei a pegar neste outro livro dele. A questão é que ler um romance histórico é algo que entretém e que ocupa o tempo com muita facilidade, mas ler o mesmo romance tendo em conta que o autor é um mestre na manipulação dos signos já não é bem a mesma coisa. Em vez de nos envolvermos na historia passamos o tempo a escarafunchar o significado real das palavras e as pontes que o autor cria, entre aquilo que diz e aquilo que realmente nos quer dizer.


E foi assim que numa semana consegui tornar os meus momentos de leitura, num inferno!

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