Foi mesmo santa, fofa e cultural. Estou com os tiques e toques que alguns funcionários públicos já tiveram em tempos e a empresa deu-me a tarde de 5f. A manhã passou a correr, tive um almoço de amigos antes de irmos celebrar a páscoa e depois aproveitei o facto do sr fofinho estar de folga para irmos passear. Já tinha o palácio da vila de Sintra debaixo de olho á algum tempo e calculei que a confusão numa 5f á tarde deveria ser menor que durante o fds. Assim fomos visitar o palácio e lanchar uns travesseiros á piriquita, mas desta vez foi especial, porque em vez de ser um passeio a 2 foi a 3. Ganhei uma sobrinha super fofa como o tio, e que se porta lindamente para ir passear e visitar monumentos.
Considerações sobre esta visita:
É certo que ao longo dos anos o incentivo á cultura tem sido pouco ou nenhum, mas neste momento está mesmo num estado miserável. Terem deixado de existir entradas gratuitas aos domingos nos museus e monumentos nacionais foi um golpe muito duro, mas pelos vistos ainda não o suficiente porque o preço das entradas no Palácio da Vila de Sintra, este ano aumentou 2 euros. Desta vez levamos a sobrinha connosco e como tem 8 anos a entrada é gratuita, mas dá que pensar nos pais portugueses que querem dar uma melhor educação aos filhos e não conseguem. Fazendo as contas entre os 14 euros para 2 adultos e 1 criança visitarem o palácio, mais o preço de um lanche normal, são 25 euros numa tarde. Para nós foi um mimo, para a maioria dos pais deste país é perfeitamente impossível.
Este Palácio além de ser bonito á vista, também consegue mostrar uma boa parte da nossa história com os diferentes reis e infantes que por lá passaram. Tem na realidade uma carga emocional e energética muito forte e não consegui ficar indiferente ao olhar para o quarto\cárcere de D. Afonso VI, onde viveu encerrado durante 9 anos da sua vida, acabando por falecer lá. É a 2º fotografia que aqui coloco e é possivel perceber o desgaste que os ladrilhos do chão têm com aquilo que devem ter sido as longas horas do monarca a caminhar á volta daquele quarto, para não ficar com os musculos atrofiados durante os 9 anos que lá esteve. Não vou esquecer o aperto no peito que senti ao olhar para aquela prisão.
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