terça-feira, 3 de abril de 2012

Faial - Vulcão dos Capelinhos

Já tinha estado em algumas ilhas de origem vulcânica mas nenhuma paisagem dessa natureza teve o mesmo impacto em mim como a dos Capelinhos. Quando estive na Sicilia ia bem ciente de que ali se encontrava o mais alto vulcão activo de toda a Europa, mas talvez por ter passado praticamente todo o tempo em Palermo, só quando o barco se afastou do porto é que pude sentir que se trata de uma ilha vulcânica.
Em Tenerife fiz um passeio até á cratera do Teide. Não me recordo muito bem, mas penso que já não se encontra activo há bastante tempo. Sinceramente não passava de uma paisagem lunar que não despertou grande interesse, que não fosse o de recolher uma obsidiana negra para trazer para casa. Lembro-me também que era proibido retirar qualquer tipo de pedra do parque natural e que depois de ter guardado a obssidiana na mochila fui massacrada até chegar ao hotel por medo de descobrirem que levava uma pedra "desviada" do parque.
Nenhuma destas experiências me preparou para isto


esta paisagem é absolutamente esmagadora. A vontade de me sentir envolvida por aquele ambiente inóspito era tanta que mal estacionamos o carro, nem esperei pelo sr fofinho para partir á descoberta!




Ficamos surpreendidos quando percebemos que aquele vulcão esteve activo durante mais de 1 ano entre 1957 e 1958, tendo acabado por cobrir uma boa parte da ilha com as suas cinzas.




Este farol ficou com a sua parte inferior soterrada nas cinzas. Hoje é o museu de interpretação do Vulcão dos Capelinhos.


Já junto do mar a diferença de tonalidades contrastantes entre o negro da lava e o tom claro do mar, cria este cenário inesquecível.

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