quinta-feira, 12 de abril de 2012

Das conversas que mudam o nosso mundo

Não todas.

Sobre a conversa séria da noite passada.

Tomamos café num sitio novo, escolhido por ele. Depois dos assuntos sobre a rotina diária, sobre o trabalho e as férias, sr fofinho faz uma pausa e diz - Tenho alguns assuntos para conversar contigo.
O primeiro tema já era meu conhecido e ele precisava de ajuda para tomar uma decisão. Ficou resolvido. Aquilo que tinha vontade de fazer, também a mim me parecia ser a melhor opção.
Perguntei... então e o que se segue?
Olhou para mim e disse - até quando é que estás a pensar viver com os teus pais?
Gluuppp gluuuppp... gracejei.
O assunto sério de vivermos juntos, porque meio a brincar e muito ao de leve já tinhamos falado sobre isso.
Desta vez era diferente, era uma conversa séria, não era só para ter uma ideia ou uma opinião, nem se esperava uma resposta de talvez um dia...
Já há algum tempo que tenho a serena certeza que vai acabar por acontecer e talvez por isso não mostre tanto entusiasmo. Ele acha que penso no assunto de uma maneira muito leve.
A meu ver existem dois motivos que podem levar a que duas pessoas queiram viver juntas. Um deles é a vontade de sair de casa e iniciar uma nova vida, diferente daquela que tem sido até ao momento. Outro é a vontade de querer estar com o parceiro, de lhe sentir a falta, de perceber como era bom terem um espaço em comum que possa reflectir o seu mundo como casal.
Há pessoas que tomam a decisão de uma vida em conjunto tendo por base estes dois motivos ou apenas um deles.
Eu sou daquelas que tem muitos amigos que vivem sós. Vivem em casal. Cedo quiseram sair de casa dos pais. Já ouvi muitas vezes - qualquer dia tens 30 anos devias pensar em sair de casa dos teus pais. Deves pensar em arranjar em espaço para ti. A questão é que a nossa casa, nunca foi a casa dos meus pais... Um lar não se faz pelas paredes que o amparam, mas pelas pessoas que o habitam. Seria o ser mais infeliz deste mundo ao viver só, simplesmente não está na minha natureza.
Conversamos sériamente. Fixamos um determinado periodo. Para mim neste momento ainda não são nitidas as suas motivações, com o tempo vai puder definir quais são, mas só o facto de demonstrar vontade já me deixa repleta de alegria. A minha é viver com ele, criar um espaço nosso, um sitio onde pudemos esperar ansiosamente que o outro chegue a casa, para contarmos as nossas coisas, para partilhar as nossas vidas. Ou se não houver nada que dizer, porque simplesmente não apetece, puder ficar ali junto daquele alguém que é o nosso alguém e sentir que estamos em casa, porque estamos juntos.
A conversa mudou o meu mundo, na teória, porque quando passar á prática a leveza com que o assunto tem sido tratado vai ficar bem lá atrás...


E na nossa casa vai ter que existir um quadro destes.

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