Lembro-me de um dia me queixar que não tenho paciência para a maioria das pessoas que se cruzam no meu caminho. Isso faz de mim quase de forma involuntária uma pessoa selectiva e distante, por muito que queira não me consigo interessar por aquilo que interessa á maioria das pessoas com quem lido durante o horário laboral. Claro que não sou nenhum bicho do mato, consigo ter um nicho muito agradavel aqui neste cantinho da blogosfera e todas as pessoas que me seguem e que eu também sigo são simpáticas e interessantes. Consigo ter um núcleo de amizades muito engraçado, com pessoas que também são um pouco fora do vulgar.
Lembro-me realmente de em tempos me ter queixado que não tenho paciência para gente tacanha, mesquinha, bronca, de vistas curtas. A pessoa a quem me queixei disse:
- Será sempre assim em todo o lado, porque são a maioria. Tens que arranjar um meio termo e tentar conviver cordialmente com essas pessoas. Não, não é preciso descer a um nível tão baixo, basta que penses neles como uma tv, fazem companhia mas também não se presta muita atenção.
Essa pessoa sempre me deu bons conselhos e este é um dos que tenho seguido, ainda assim esta semana as conversas á minha volta estão insuportáveis. Sorrio, não respondo, finjo que não é nada cmg (afinal estou ali para trabalhar), mas há dias em que é mais dificil abstrair-me de tanta asneira. O meu fofinho tb tem uma boa tecnica para lidar com este tipo de situações, diz logo - cada um tem o seu ponto de vista, depois encolhe os ombros ou dá meia volta e esquece completamente o que ali foi dito, separa muito bem as opiniões das pessoas que lhe importam, daquelas com quem convive por circunstância, mas que não lhe dizem nada.
A maioria das vezes também consigo fazer isso, mas já decidi que na próxima semana vou começar a levar o ipod para o trabalho só para não as ouvir.
Tenho que "vomitar" as aberrações ditas!
- Não, não concordo que quando se tem um filho pequeno que nos diz que quer ir para o ballet, seja uma vergonha ou sinónimo de que ele vai ser gay. Que tal ir assistir primeiro a um bailado e dps pensar sobre o assunto? Gente que pensa que o quebra nozes é apenas um alicate para quebrar a casca da noz, muito naturalmente pensa que uma criança de 4 anos que quer aprender uma das formas de expressão artistica mais bela que existe é porque quer andar vestido de cor de rosa com tule e fru fru na cabeça.
- Não também não concordo que só é bem atendido quem vai parir num hospital privado. Aliás não há nada como um parto natural e se aquelas alminhas fizessem uso dos 2 neurónios que têm poderiam observar as estatisticas no que diz respeito a partos programados e artificiais e a partos naturais. O privado tem mais do dobro de partos com cesariana e a maioria das vzs sem qualquer necessidade (é que o anestesista tb ganha com isso e o seguro das pirosas paga) e sim, tenho um anestesista na familia, sei mt bem daquilo que falo. Nada como um parto natural, na altura em que o bebé quer nascer e num hospital com condições em que o nosso obstectra possa lá estar. E não... não é assim tão dificil. Se neste momento estivesse grávida teria o meu bebé no hospital público da minha área de residência e o meu ginecologista que tb é obstectra no mesmo hospital estaria lá para me assistir. Querem ver que é magia?
- E nunca mas nunca diria (é msm daquelas frases - desta água nunca beberei) que mais depressa emprestava o meu marido ou namorado do que o meu carro. É que esta ideia ultrapassa tudo quanto é razoavel, nem se comparam pessoas a objectos, e ficamos já por aqui...
Sem comentários:
Enviar um comentário