ainda há tempo para deixar aqui um apontamento... este ano muita gente (mais do que o habitual) me deu os parabéns e de muitos deles não estava a espera. Não é que eu ligue ao aniversário, pelo menos ao meu, mas fiquei surpreendida pelo número de pessoas que se lembraram de mim!
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Décimo Quinto Cálice
Tulipas-lírio, dálias franjadas
Orquídeas, crisântemos, açucenas
Ladeiam os degraus das escadas
Ao Olimpo das mulheres pequenas,
Porém tão grandes e tão amadas
Que entre as flores mais cuidadas
São de todas elas, as mais serenas.
A cobiçada pose dos ramos singelos
E as vestes numa folhagem estival,
A seda escura dos castanhos cabelos
Certos e rimados ao meneio musical
Ondas sossego e escadeados anelos
Navegáveis sem nós nem novelos
Que encrespem os dias por igual.
É tudo tão simples, assim, encantado
Que do recanto nasce o canto vertical
A esquadro e a compasso desenhado
Como canteiro, ou minarete floral
Esboçando tela de quadro conventual
Para quem sonha, e desse sonhado
Floresça o sentido do sentir universal.
Início do que não tem princípio nem fim
Nem carece de conceito ou até de meio,
E completa tudo quanto falta em mim
Se dos teus lábios bebo o cálice cheio!
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