Dormir aninhada nele. Sabe bem em qualquer altura, ainda mais reconfortante é no inverno, mas essencial é mesmo quando a minha vida fora daquele quarto, longe daqueles braços é uma tormenta.
Dos namorados que tive, todos reconheceram que sou forte, que aguento as intempéries que a vida me reserva e talvez por isso me deixassem mais á minha sorte, porque sou resistente, porque já passei por muito e ainda cá estou, porque sou uma sobrevivente.
É um facto.
Ainda assim lembro-me de um texto da menina lamparina em que dizia que áqueles que são fracos todos acorrem, todos ajudam. Aos que são mais fortes, quase que se torna uma obrigação resistir sozinho. Os pequenos galhos assim que são pisados estalam logo e alguém retira o pé de cima deles, mas quando somos troncos mais fortes, todos por cá passam com segurança, porque não estalamos nem nos queixamos, mas se não tiverem cuidado na forma como nos pisam um dia rachamos de vez e caimos por terra. E eu gosto que ele tenha essa noção e esse cuidado. Gosto quando ele é protector comigo, porque poucas pessoas o são e apesar de na realidade não precisar de tanta protecção, sabe-me bem na mesma. Gosto quando ele me olha muito atento a tentar perceber o que se passa na minha cabeça, se pestanejei, se espirrei se sorri, tudo tem importância. Gosto quando é chato e me pergunta uma dúzia de vzs se estou bem, chegando ao ponto de me acordar e perguntar se está tudo bem. Mesmo que não estivesse, só pelo facto de ele estar ali ao meu lado, tudo melhora. Nunca pensei que me soubesse tão bem ter um namorado protector e que cuide de mim.
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