quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A despertar


Os ultimos dias têm sido complicados e só hoje me sinto a despertar do tudo quanto se passou. O funeral foi ontem a tarde e embora se sinta que é um assunto já tratado olho em volta e ainda há um manto negro por cima da familia. Sinto muito sono, sempre que tenho que enfrentar as coisas más da vida fico com sono e só me apetece dormir horas e horas seguidas, acho que é a minha sorte. Depois estes periodos de doença e morte obrigam sempre a olhar em volta reavaliar a nossa vida o sitio onde pensamos que estamos, aquele em que efectivamente estamos e o que pensamos obter do futuro. Preocupa-me pensar que se fosse directamente comigo, se fosse perder a minha mãe ou o meu pai se "ele" teria vindo, se estaria cá para mim. Entre a lucidez e a névoa do sono e da prória vida, pergunto-me se amo um fantasma?

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